Durante mais de quatro horas os parlamentares da Frente ouviram os reclames das comunidades da Baixada e receberam propostas que serão inseridas no relatório que será entregue à governadora Roseana Sarney (PMDB) logo após a conclusão dos trabalhos.
Estradas em péssimas condições de tráfego, serviços de ferryboat precários, consumo e tráfico de drogas, insegurança, melhoria na educação, mais universidades e cursos técnicos. Estes foram apenas alguns dos problemas levantados nesta sexta-feira (8) por prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias de Pinheiro e municípios vizinhos, durante a audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Baixada.
A prefeita de Santa Helena, Helena Pavão, representada pelo secretário municipal de Administração, Luiz Reinaldo Torres, encaminhou um ofício à Frente da Baixada com várias reivindicações para a região: implantação de um sistema de abastecimento de água; implantação de escola profissionalizante; desenvolvimento e implantação de programa de trabalho e renda; criação de reserva ambiental na área do lago do São Francisco; implantação de Batalhão Florestal e melhoria no serviço de distribuição de energia.
Problemas específicos de cada município que integram a Regional 3 da Baixada também foram expostos aos parlamentares durante a audiência. O jornalista Robson Paz, representando o município de Bequimão, falou das dificuldades que a população enfrenta devido às péssimas condições das estradas e solicitou a pavimentação de 35 quilômetros da rodovia que liga Bequimão a Central do Maranhão. Segundo ele, esta obra simples vai tirar centenas de populares do isolamento.
Já o vereador Nelson Cantanhede, também de Bequimão, solicitou aos deputados da Frente que intercedam para que as obras da delegacia do município sejam concluídas.
Outro problema grave nos municípios da Regional de Pinheiro, apontado por vereadores e lideranças comunitárias, é a educação. A vereadora Dayane Ferreira, de Pinheiro, denunciou que cerca de 500 crianças estão deixando de freqüentar a escola por falta de transporte. Ela fez um apelo para que os deputados não esqueçam de lutar pela educação da Baixada.
O vereador Gilmar Soares pediu que os deputados esqueçam as “brigas caseiras” e passem a olhar pela Baixada da mesma forma que olham para a região Tocantina.
Outro importante problema apresentado na audiência foi a falta de sinalização na pista de pouso e decolagem do município de Pinheiro, impedindo que aviões decolem ou pousem durante a noite. A situação obriga que pessoas vítimas de acidentes ou que necessitam de atendimento de emergência em hospital de São Luís enfrentem viagem de ferry ao amanhecer.
PESCADORES DE PINHEIRO PEDEM SOCORRO
A situação de abandono enfrentada pelos pescadores de Pinheiro foi destacada pela presidente da Colônia de Pescadores C13, Selma Soares. Ela denunciou que os pescadores da região pedem socorro, pois o rio Pericumã está assoreado devido à falta de saneamento. “O rio é um depósito de esgotos e não existirá em breve espaço de tempo, pois está sendo abastecido pelas chuvas”, declarou.
Problemas no município de Alcântara também foram apresentados durante a audiência da Frente em Pinheiro. Um deles diz respeito ao precário serviço de embarcação para a travessia da baía, entre Alcântara e São Luís. A comunidade denunciou o preço da passagem e a falta de estrutura no terminal hidroviário.
A falta de energia elétrica em vários povoados de Alcântara também foi outro problema apontado, a exemplo da Ilha de Cajual, que permanece sem eletrificação. “Alcântara tem um centro de lançamento de foguetes que é a “menina dos olhos do mundo”, mas possui comunidades que permanecem na idade da pedra”, disse o vereador Benedito Barbosa.
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Ô governadora a população de Bequimão que mora nas proximidades dessa rodovia não aguenta mais comer poeira no verão e pisar lama no inverno. Tenha dó. |
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Maravilha! viajar em pé, pagando promessa a Nossa Senhora dos Navegantes. |
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Cuidado: Do Cujupe até chegar em Pinheiro assaltos nas lombadas são constantes. |