Senador José Sarney |
Segundo Sarney, a reforma política tornou-se a prioridade em 2011, antes mesmo de ele assumir pela quarta vez a presidência da Casa. “Uma das coisas que estamos querendo alcançar com a reforma política é que os partidos existam e existam definitivamente e não sejam partidos ocasionais”, disse o senador.
Ele acrescentou que a pretensão com a atualização da lei eleitoral é dar estabilidade à política. Perguntado sobre alguma semelhança entre o PSD pretendido por Kassab e o antigo PSD (partido que existiu entre 1945 a 1965), Sarney foi irônico: “eu conhecia a UDN (União Democrática Nacional)”, do qual já era um expoente na década de 60.
Há ainda a expectativa de que o novo partido se una, mais tarde, ao PSB. Dessa forma, segundo a análise de alguns senadores, a criação do PSD seria uma ponte para o lançamento da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República na campanha de 2014.
“Se ele quiser se viabilizar para presidente já está arrumando sua cama”, disse a senadora e vice-presidente do PSDB, Marisa Serrano (MS). Segundo ela, em conversas informais entre as lideranças do partido, essa é a avaliação que predomina.
A senadora vincula todo o andamento das costuras políticas para 2014 à aprovação da reforma política colocada em discussão por José Sarney. Na comissão de reforma política do Senado, por exemplo, um dos temas em análise é a possibilidade de reeleição para Dilma Rousseff caso seja aprovado o mandato presidencial de cinco anos e o fim da reeleição. Tudo isso, segundo a tucana, mexe com as costuras políticas.