Francielson Gomes Pereira, de 18 anos, preso pelo assassinato do enteado de nove meses, nessa segunda-feira (30), em Governador Edison Lobão, confessou e detalhou cruelmente como matou o bebê.
De acordo com o depoimento do assassino, várias brigas vinha acontecendo com a mãe do pequeno Ângelo Gabriel Sousa Borges, uma adolescente de apenas 15 anos, com quem morava há cinco meses. A mãe do bebê já tinha o plano de abandoná-lo no final do mês.
No seu relato, disse que recebeu a criança da mãe no horário do almoço, ele conseguiu fazer a criança dormir um pouco numa rede. Teve um impulso, foi até outro quarto, se armou com um facão. Ao retornar, coloca a criança ainda dormindo em cima da cama e passa a golpeá-la”, conta o delegado.
Ainda segundo o depoimento, “a criança começa a chorar no primeiro golpe, e ele só para de golpeá-la já no chão, depois de ter a certeza de que a criança estava morta”, completa Galvão. O suspeito disse que foram pelo menos cinco golpes, mas a polícia acredita que foram mais golpes contra o pequeno.
Após matar a criança, Francielson Gomes disse que sentou na porta de casa e esperou a polícia chegar. A mãe que estava fora de casa por cerca de 20 minutos, ao chegar, e perceber que o filho estava morto, chamou a polícia. Ainda segundo o delegado, o suspeito não é, aparentemente, portador de necessidades especiais, não toma medicação controlada, não ingere bebida alcoólica, não usa drogas.
Ele cometeu o assassinato como forma de evitar que a mãe fosse embora, ou para chamar a atenção, alguma coisa nesse sentido. Não há uma motivação específica para um gesto tão cruel. Mas se trata de um crime motivado pela possibilidade de a mãe deixá-lo”, ressaltou Eduardo Galvão, acrescentando que pelas investigações, a jovem também seria morta. “Além do facão usado do crime, a polícia encontrou um punhal, o qual o suspeito estava sentado em cima”.
Francielson Gomes permaneceu no local até a chegada da polícia, em seguida foi conduzido para a Delegacia Regional de Imperatriz, onde foi autuado por homicídio triplamente qualificado. O caso chocou os moradores da pacata cidade de Governador Edison Lobão, distante de Imperatriz, 30 km.