O ministro da Fazenda, declarou nesta terça-feira (31) que a prevê “a redução de impostos para a indústria”.
“A ideia é essa. A reforma tributária prevê a redução de impostos para a indústria. Hoje não tivemos nenhuma discussão a mais sobre isso.”
O ex-prefeito de São Paulo foi abordado por jornalistas na saída de evento na ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet ( MDB ).
Encabeçando as duas pastas mais proeminentes da gestão da economia brasileira, os ministros falaram à imprensa sobre a aposta na reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD) à presidência do Senado, as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Brasil, a medida provisória de desoneração de combustíveis e o impacto do déficit fiscal no combate à inflação.
Além deles, Esther Dweck, ministra da Gestão, Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, e Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, também estavam presentes no café da manhã na Febraban. A expectativa para a conversa com os maiores banqueiros do país era de uma demonstração de unidade de propósito entre nomes fortes da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Não é segredo que há uma divergência entre eles e o setor financeiro, o que acaba reforçando a importância simbólica desse gesto, num ambiente que é alvo de críticas ferrenhas do Partido dos Trabalhadores.
O clima dos dois lados, segundo apuração da analista de economia da Thais Herédia, era de diálogo e aproximação.
O ministro ainda declarou aos jornalistas que o antigo modelo de julgamento usado pelo Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais), com benefício a contribuintes em teses que classificou como “absurdas”, é uma “vergonha”.
A fala de Haddad foi em referência ao voto de qualidade, extinto durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que autoriza o presidente do colegiado a desempatar julgamentos. O governo Lula autuou uma medida provisória que reativa esse instrumento, acabando com o benefício automático a contribuintes em casos de empate.
“É uma vergonha o que estava acontecendo no Carf. Não existe nenhum país do mundo com esse sistema de gestão de litígio, nem na OCDE, nem no G20. Não tem como justificar esse sistema, é impossível o próprio contribuinte julgar um ato de infração”, disse ele.