Comissão debate implantação de novas bacias hidrográficas no Maranhão

O Deputado Rafael Leitoa (PDT), os participantes debateram a nova regionalização para efeito de mobilização visando à criação dos Comitês de Bacias Hidrográficas no Estado do Maranhão. O parlamentar disse que o número de bacias será ampliado, de 12 para 16, inclusive com a criação das bacias da Ilha de Upoan-Açu, Balsas e Pindaré.

O deputado contou que, como representantes das áreas das novas bacias, foram convidados, inicialmente, os dirigentes da ONG Eco-Trabalhista, presidida por Júlio França, para debater a proposta de criação do Comitê de Bacia da Ilha. França agradeceu a Leitoa pelo convite e disse que o momento é oportuno para tratar de temas importantes como a criação do Comitê da Ilha, por conta dos rios estarem quase mortos.

O deputado Rafael Leitoa sugeriu que a população participe ativamente da criação dos Comitês de Bacias e fez o mesmo em relação à ONG Eco-Trabalhista, como forma de se contrapor à devastação. “A Uema fez um reestudo, no sentido de contemplar quem não se sentia contemplado, como foram o Rio Pindaré, o Balsas e o da Ilha de Upaon-Açu, que precisavam de comitês independentes. São bacias com autonomias, com comitê gestor. Fizemos uma minuta de lei que será encaminhada ao Governo do Estado com o novo modelo que precisa ser adotado. Vamos apresentar proposta de criação do organismo para gerir os Recursos Hidrográficos, que hoje é só um departamento na Sema”, explicou.

Segundo o deputado, foram criados Comissões Pré-Comitês do Rio Pindaré, do Rio Preguicas-Peria; do Rio Balsas e Afluentes Maranhenses do Alto Parnaiba; do Rio Turiaçu; e do Rio Itapecuru.

Já o presidente da ONG Trabalhista denunciou que a construção civil está ocupando indevidamente as margens dos rios e as empresas de água mineral, explorando de forma predatória os lençóis freáticos da Ilha. “Rios da Ilha como o Maioba estão cheios de esgotos vindos de prédios residenciais feitos pela construção civil, fazendo do rio um simples córrego. O Rio Miritíua e o Prata estão também todos sendo ocupados por construções habitacionais”, denunciou.

Participaram também da reunião o secretário da entidade, Edgar Souza Lima, e o vice- presidente. Antônio Carlos.

Audiência pública

No final do ano passado, uma audiência pública reuniu representantes de órgãos ligados ao meio ambiente; Secretaria de Meio Ambiente (Sema), instituições de ensino superior e sociedade civil organizada, que discutiram a nova regionalização proposta pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos e a criação de Comitês de Bacias Hidrográficas no Maranhão.

De acordo com o acertado, cada um deverá atuar como uma espécie de fórum responsável pela gestão descentralizada das bacias, verificando problemas e buscando soluções, além de que será feito uma atualização da lei complementar, colocando as novas áreas de atuação, para que se discuta, nos municípios, a criação de mais comitês e para que eles possam deliberar sobre suas políticas locais, essas ações descentraliza as políticas e fortalece a preservação dos recursos hídricos no Maranhão.

 

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