Ricardo Murad se entrega a PF

 

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (18), de forma simultânea, duas fases da Operação Sermã aos Peixes – Operação Peixe de Tobias (6ª Fase) e a Operação Abscondito II (7ª Fase), em seis cidades: São Luís/MA, Imperatriz/MA, Parauapebas/PA, Palmas/TO, Brasília/DF e Goiânia/GO. O ex-secretário de Saúde do Maranhão Ricardo Muradcunhado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), se entregou à PF pela manhã e foi preso temporariamente.

A investigação contou com a participação do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil.

Estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e um mandado de prisão preventiva, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Maranhão. Além disso, foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens num valor que supera a cifra de R$ 15 milhões.

No decorrer das investigações na denominada Operação Peixe de Tobias, foram coletados diversos indícios no sentido de que, entre os anos de 2011 a 2013, aproximadamente R$ 2 milhões, destinados ao sistema de saúde estadual, teriam sido desviados para uma empresa sediada na cidade de Imperatriz/MA. Foi apurado também que teria ocorrido o pagamento de valores mensais a blogueiros.

Nas investigações da operação Abscondito II, a PF apura  vazamento da primeira fase da Operação Sermão aos Peixes. São reunidos elementos indicadores de que membros da organização criminosa investigada atuaram para cooptar servidores públicos, de modo a obter informações privilegiadas sobre a investigação. Diante das informações,  existem indicativos no sentido da destruição e ocultação de provas por parte da organização criminosa.

Além disso, violando medidas cautelares impostas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um dos investigados teria dilapidado seu patrimônio e transferido seus bens para terceiros para impedir que fosse decretada a perda de tais bens.

Os investigados poderão responder,  na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros que possam ainda ser apurados.

Após os procedimentos legais, os presos serão encaminhados ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerão à disposição da justiça federal.

 

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