Assembleia de Minas Gerais prova que tem bom senso ao negar título de cidadão para o juiz tucano Sérgio Moro

O juiz Sérgio Moro, que conduz julgamentos da operação Lava Jato,
ganharia o título de cidadão honorário de Minas na Assembleia Legislativa. A
Comissão de Segurança Pública, de maioria governista, decidiu negar a homenagem
e derrubou o requerimento.
Por três votos a dois, a homenagem a Moro foi
derrotada. Quem propôs a honraria foi o deputado Sargento Rodrigues (PDT), que
defendeu o “papel brilhante” do magistrado no combate à corrupção na Petrobras.
O voto foi acompanhado por João Leite (PSDB).
Rodrigues justifica o requerimento. “Ele investiga e determina as prisões de pessoas envolvidas em
corrupção passiva, ativa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha,
organização criminosa, advocacia administrativa, ou seja, pessoas envolvidas
nos crimes de colarinho branco, que a polícia normalmente tem uma dificuldade
enorme de prender”,
 disse.
Três deputados da base do governador Fernando
Pimentel (PT) formam maioria na comissão e conseguiram impedir a aprovação:
Durval Ângelo ((PT), líder do partido na Casa, Cristiano Silveira (PT) e João
Alberto (PMDB).
Cristiano Silveira afirma que votou contra porque o
pedido foi uma “provocação”.

“O requerimento era para que fosse apresentado ao
governo [do PT] como utilidade pública. Eu votei contra porque o momento não é
oportuno. Se um lado diz que o Moro é o herói da nação, de outro temos inúmeros
juristas, incluindo o ministro Marco Aurélio [Mello, do Supremo] questionando a
condução coercitiva do Lula e a divulgação de áudios. Precisamos ter mais
clareza do papel dele nas investigações para saber se tem condições de receber
homenagem tão séria”,
 disse Cristiano.

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