O STF dirá: “sim, Cunha é criminoso, mas nós somos covardes”?

Tijolaço

No encerramento das 183 páginas descritivas das falcatruas, chantagens e crimes de toda
espécie
 cometidos por Eduardo Cunha, o Procurador Geral da
República, Rodrigo Janot, escreve um libelo impressionante:
Realmente, conforme visto acima, o
Eduardo Cunha  já demonstrou cabalmente – e por mais de uma vez – que
persegue e se vale de suas funções para atingir seus objetivos ilícitos. Caso o
contraditório seja exercitado previamente, neste período em que continuar no
cargo,  Eduardo Cunha não tardará em realizar manobras e condutas,
ainda mais agressivas,
 ainda que por intermédio de outros Deputados,
com o intuito de prejudicar não apenas o andamento de seu processo no Conselho
de Ética, mas também para atingir todos aqueles que possam vir a
colocar-se contra ele
. Em outras palavras, é urgente que o Eduardo Cunha
seja privado de seus poderes como Deputado Federal e como Presidente da Câmara,
pois, do contrário, criará ainda maior instabilidade política para o país e,
ainda, não hesitará em perseguir e utilizar todos os instrumentos que possua
para retaliar e se vingar de seus adversários, como faz habitualmente.
Há um pedido de liminar, o que torna,
ao menos moralmente, obrigatório que -pela gravidade do caso –  se
anteponha ao debate conclusivo sobre o rito do impeachment.
O Supremo Tribunal Federal estará diante
da situação constrangedora de confirmar que pode seguir, na forma e nos métodos
adotados por um celerado, o processo de destituição de Dilma Rousseff.
Irão dizer algo como “sim, ele é um
criminoso, mas nós somos uns covardes”?

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