COM AGENDA POSITIVA, DILMA RECEBERÁ GOVERNADORES

A presidente Dilma Rousseff prepara uma extensa
agenda positiva para apresentar aos governadores do país no encontro que
acontece nesta quinta-feira (29), em Brasília. Na oportunidade, ela irá
sinalizar que vai sancionar o projeto que trata da reindexação da dívida de
estados e municípios, além de declarar apoio à proposta de uso dos depósitos
judiciais e administrativos pelos estados. O projeto que unifica a alíquota do
ICMS também estará na pauta. Dilma defenderá a medida provisória que institui o
Fundo de Desenvolvimento Regional e Infraestrutura e o Fundo de Auxílio
Financeiro à Convergência de Alíquotas do ICMS, que deve servir para quebrar
resistência dos estados que perderão arrecadação.
O texto do convite enviado aos governadores,
assinado pela própria presidente, informa que o tema do encontro é
“governabilidade, responsabilidade fiscal e colaboração
federativa”. A intenção também é discutir a pauta de votações do
Congresso Nacional no segundo semestre. A presidente pedirá aos governadores
que dialoguem com suas bancadas federais sobre projetos que aumentam os gastos
públicos. A equipe de articulação política de Dilma quer sensibilizar os
governadores e incentivá-los a convencer deputados e senadores aliados a atuar
com “responsabilidade fiscal”.
Até o momento, 25 governadores e uma vice (a do
Mato Grosso do Sul) já confirmaram presença no encontro. O vice-presidente
Michel Temer afirmou no início da semana que os governadores serão “bons aliados
no interesse da federação e dos próprios estados”. Além de Temer, também
participarão do encontro os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson
Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda).
Cunha: “já deveria ter feito”
Novo adversário de Dilma, o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB), afirmou nesta quarta que o Planalto demorou a chamar os
governadores para debater a crise econômica e os projetos em tramitação no
Congresso Nacional. “O resultado da crise eles estão dividindo, que é a queda
de arrecadação e a impossibilidade de cumprir os planos de investimentos. Não
quero entrar no mérito da politização do processo da discussão de amanhã. Essa
discussão já deveria ter sido feita há muito tempo. Nós já fizemos aqui, reunimos
governadores e prefeitos”, afirmou Cunha.

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