Imperatriz: mantida suspensão de direitos políticos de ex-prefeito Jomar Fernandes

Ex-prefeito de Imperatriz
A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão
(TJMA) manteve sentença de primeira instância, na parte que condenou o
ex-prefeito de Imperatriz Jomar Fernandes Pereira Filho à suspensão dos
direitos políticos pelo prazo de três anos e ao pagamento de multa equivalente
a cinco vezes o valor atualizado da remuneração de prefeito municipal.

A sentença da Vara da Fazenda Pública de Imperatriz
havia condenado Jomar Fernandes por prática de ato de improbidade, por entender
que houve apropriação, por parte do prefeito à época, de quantia descontada na
folha dos servidores municipais para pagamento de cota de seguro em grupo.

O ex-gestor do município apelou ao TJMA, alegando
ilegitimidade ativa do município para propor a ação principal e inexistência de
ato de improbidade ou dano aos cofres públicos.

O desembargador Paulo Velten (relator) lembrou que a
alegação de ilegitimidade já havia sido afastada pelo Tribunal em julgamento de
recurso anterior.

O relator disse estar comprovado nos
autos que Jomar Fernandes firmou convênio com a Assessoria de Seguros de
Pessoas do Brasil (ASPEB), quando era prefeito do município, com o objetivo da
concessão facultativa de seguro de vida em grupo aos servidores municipais,
mediante desconto em folha. Acrescentou também estar provado que o então
prefeito descontou, porém não repassou à seguradora os valores referentes aos
meses de julho a novembro de 2004.

Segundo o magistrado, o dolo exigido para a
configuração da conduta de improbidade no caso é o genérico, que consiste no
descumprimento consciente, voluntário e indesculpável do dever que todo
administrador tem de agir conforme ditames éticos e morais, honrando
compromissos assumidos segundo os padrões de lealdade e boa-fé.

Quanto ao suposto prejuízo de R$ 20.413,88, referentes
aos descontos não repassados, disse não haver prova nos autos de que essa
quantia tenha saído dos cofres municipais, beneficiando o ex-prefeito ou
terceiros.

Em razão disto, o relator manteve a sentença na parte
que suspendeu os direitos políticos do apelante e fixou multa a ser paga por
ele, mas excluiu da condenação a obrigação de ressarcimento do dano.

 
 

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