MPF propõe ação civil contra o município de São Luís por danos aos serviços aéreos

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA)
propôs ação civil pública, com pedido de liminar, contra o município de São
Luís, com o objetivo de reduzir o risco de acidentes aéreos ocasionados por
colisão entre aviões e aves que circulam nos arredores do Aeroporto Marechal
Cunha Machado.

A Infraero identificou diversos pontos que são
atrativos de aves, especialmente urubus, para a Área de Segurança Aeroportuária
(ASA), como depósitos irregulares de lixo, granjas e matadouros, que funcionam
no entorno do aeroporto, ou mesmo na região central da cidade de São Luís.

A pedido do MPF/MA, o Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vistoriou as áreas indicadas e
encaminhou relatório à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos
(Semosp), para adoção de providências. Apesar de notificação, os problemas
persistem sem que providências definitivas sejam adotadas pelo município,
especialmente quanto à gestão dos resíduos sólidos.

Acúmulo de lixo

O depósito de resíduos sólidos em toda a extensão do
entorno do sítio aeroportuário pelos moradores das comunidades vizinhas,
combinado com a insuficiência da atuação municipal, multiplica os pontos
atrativos de pássaros e comprometem a segurança das operações aéreas. Além
destes pontos, o Mercado do Peixe e um frigorífico (Frigorífico J.B.) localizado
dentro da ASA, também se apresentam como grandes atrativos de urubus, por conta
do despejo inadequado de lixos nos seus arredores.

Conforme apontado pelo MPF/MA, as atividades de
limpeza pública são de responsabilidade da prefeitura, a quem cabe tomar as
providências necessárias que melhorem as condições das vias adjacentes ao
aeroporto e demais áreas que funcionam como depósitos irregulares de lixo, que
colocam em risco as operações de pouso e decolagem das aeronaves.

Em caráter liminar, o MPF/MA pede que a prefeitura
faça a remoção dos resíduos sólidos depositados nos pontos indicados, adote
medidas para evitar que tais pontos continuem funcionando como depósitos de
lixos irregulares e fiscalize, por meio dos órgãos municipais competentes, os
empreendimentos situados na ASA, a fim de evitar o lançamento de resíduos em
desconformidade com os parâmetros ambientais.

Requer, ainda, que o município seja obrigado a
recolher de maneira eficaz e diária os resíduos dos bairros próximos ao
aeroporto Marechal Cunha Machado e demais pontos, e realize estudo técnico
necessário ao uso e ocupação do solo na ASA, compatível com o Programa Nacional
de Gerenciamento do Risco da Fauna.

 
 
Com informações do MPF/MA

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