Não tem pra onde correr: Raimundo Cutrim será interrogado pela polícia, diz delegado

Diante da repercussão da notícia
“Não há como descartar um interrogatório”. Afirmou o delegado Raimundo Barros
Oh! Pai, estou em apuros

O delegado Augusto Barros titular da
Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic) garantiu que o
deputado Raimundo Cutrim vai ser ouvido pela equipe que investiga o caso Décio
Sá. Porém, a data para o interrogatório ainda não foi marcado.

Segundo ele, diante da repercussão da
notícia de envolvimento do deputado e das informações prestadas pelo próprio na
tribuna da Assembléia Legislativa na última quinta-feira, não há como descartar
um interrogatório. “Há uma equipe no caso e ainda não decidimos quanto ao
interrogatório. Precisamos falar com ele, mas, neste momento, temos muitas
oitivas em andamento e vamos concluí-las”, explicou Barros.

O delegado Augusto Barros esteve reunido
com o subdelegado geral de Polícia Civil, Marcos Afonso Junior, na sede da
Seic, na tarde de ontem, para tratar do andamento das investigações. Barros
ponderou quanto à apuração dos diversos nomes citados como envolvidos no caso
Décio Sá. “É verdade que apenas esse depoimento não representa toda a
verdade. Por isso, temos tido o cuidado em não divulgar os passos da
investigação antes da certeza das informações”, ressaltou o delegado.

Quanto à quebra dos sigilos bancários e
telefônicos, deixados à disposição pelo próprio deputado, o delegado diz que é
preciso aguardar. Segundo o delegado, quebrar sigilo bancário é muito mais
invasivo que o depoimento. Barros ressalta que não basta apenas a pessoa dizer
que podem ser quebrados, pois a decisão depende de uma determinação judicial
para que a instituição bancária ou a operadora de telefonia disponibilizem o
material. “A menos que a própria pessoa entregue todo o material em mãos,
o que não sabemos se ele irá fazer”, relatou o delegado Augusto Barros. E
reiterou: “estamos trabalhando com cautela para evitar expor pessoas inadvertidamente”.

Envolvimento

A possível ligação do deputado Raimundo Cutrim virou notícia após mais um
vazamento de depoimento do caso. A polícia não soube explicar como, mas o
depoimento do assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva foi divulgado em um
blog, na íntegra. No texto, o executor cita o nome Cutrim e quando questionado
sobre quem seria ele refere-se ao deputado estadual. O executor aponta Raimundo
Cutrim como principal mandante do crime, mas não diz se o conhecia. Jhonatan
revela ainda que o deputado seria amigo de infância de Raimundo Sales Chaves
Junior, o Junior Bolinha. Este último ficou encarregado de pagar o executor,
mas teria repassado apenas 20% do valor combinado. Ainda segundo o depoimento
de Jhonatan, o deputado teria encomendado a morte do jornalista por que este
“falava muito e prejudicava muita gente”.

Afastamento
A
Secretaria de Segurança do Estado (SSP) afastou dos cargos dois policiais civis
identificados como Alcides e Jorge Durans. Os policiais atuavam na
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e segundo a SSP,
foi comprovada a ligação deles com Junior Bolinha. O afastamento não significa
que os policiais estejam envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá, mas,
por terem amizade com Junior Bolinha – um dos suspeitos de serem mandante – a
secretaria achou melhor afastá-los temporariamente das funções. Não foi
informado se os policiais serão interrogados.

                                                                                                                                           Fonte: Imparcial

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