Carta anônima indica local de restos mortais de Eliza Samúdio. Delegado vai realizar buscas

Elisa Samúdio, morta em 2010, pelo goleiro Bruno do flamengo
O advogado José Arteiro Cavalcante, que representa a mãe de Eliza
Samudio, entregou nesta sexta-feira a carta que indicaria a possível
localização dos restos mortais da estudante, desaparecida desde o dia 10 de
junho de 2010. O documento foi recebido às 11h30 pelo delegado Wagner Pinto,
chefe do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHHPP) de Belo
Horizonte (MG).

O advogado vai pedir também para a juíza Marixa Fabiane determinar buscas
no local. Ele acredita que as informações que constam no documento são
verdadeiras. A carta anônima, recebida por Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza,
traz em detalhes que os restos mortais da jovem estariam em um poço dentro de
um convento em um bairro da região norte da capital mineira.

Mãe de Elisa Samúdio
A dona de casa, que está em Belo Horizonte com o neto, o suposto filho de
Bruno, revelou que já escolheu um caixão e providenciou detalhes do funeral de
Eliza, caso o corpo seja encontrado. “Quero apenas enterrar (em Campo
Grande-MS) minha filha, até para o meu neto ter uma referência de onde a mãe dele
está”, afirmou.

O advogado e a mãe de Eliza cogitam solicitar à Justiça autorização para
que a criança passe por um procedimento de regressão para apontar em fotos quem
foram as pessoas que mataram Eliza. Sônia conta que Bruninho vê fotos das
pessoas acusadas pelo crime e diz ‘ruim, ruim’, fazendo cara feia. Ela ainda
ressalta que o garoto de 3 anos reconhece todos os envolvidos no crime.

O caso Bruno

Eliza desapareceu no dia 4 de junho de 2010 quando teria saído do Rio de
Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano anterior, a estudante
paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do
goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o
nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da
paternidade de Bruno.

No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e
agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou
quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento
ilegal, e seu amigo, três anos de reclusão por cárcere privado. Em 17 de
dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e
Bola serão levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo
que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda,
Elenilson e Wemerson também irão a júri popular, mas por sequestro e cárcere
privado. Além disso, a juíza decidiu pela revogação da prisão preventiva dos
quatro. Flávio, que já havia sido libertado após ser excluído do pedido de MP
para levar os réus a júri popular, foi absolvido. Além disso, nenhum deles
responderá pelo crime de corrupção de menores.

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