A medida foi anunciada pela Mesa Diretora e será regulamentada na semana que vem por meio de portaria do primeiro-secretário da Casa, Cícero Lucena (PSDB-PB).
Ainda será definido se os imóveis serão devolvidos vazios, com o despejo de seus ocupantes ou ocupados. Dois apartamentos estão desocupados.
Um deles era usado pelo filho do ex-diretor de Recursos Humanos da Casa João Carlos Zoghbi. A relação do nome dos ocupantes dos imóveis, todos eles em área nobre da cidade, no Plano Piloto, mostra que o privilégio de morar de graça se deve, em grande parte, à ligação com o ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia, que comandou a administração do Senado por 15 anos.
Dos 11 apartamentos ocupados, a maioria atende a seus ex-assessores e à sua ex-secretária Cristiane Tinoco Mendonça, moradora de “um três quartos” situado em área privilegiada, a cerca de cinco quilômetros do Senado.
Lucena criticou a falta de critérios técnicos na distribuição dos apartamentos, feita sem “critério técnico”, em sua avaliação.
– Vamos devolvê-los à União, porque não tem sentido o Senado administrar apartamentos ocupados por ex-funcionários, esposas de ex-funcionários, que foram distribuídos sem critério.
O primeiro-secretário lembrou que não cabe ao Senado emprestar ou ceder apartamento para seus servidores.
– Não é função do Senado, não tem por que o Senado ter esse apartamento.