Relatório final do “Caso Tamires” será entregue amanhã (21) pela Comissão de Direitos Humanos da ALEMA

O Relatório Final da Comissão sobre a morte da jovem Tamires Pereira Vargas, de 19 anos, encontrada enforcada dentro da delegacia de Porto Franco, será apresentado na manhã desta terça-feira (21) pela Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa.
Tamires Vargas
Enforcada? ou assassinada?
A presidente da Comissão, deputada Eliziane Gama (PPS), informou na semana anterior que o documento será entregue para o Ministério Público e à Delegacia Geral para que novos laudos sejam feitos ou até mesmo a abertura de novo inquérito. Segundo a relatora da Comissão, deputada Gardênia Castelo, o minucioso relatório aponta fortes indícios que a jovem tenha sido assassinada.
“Será entregue nesta terça-feira o relatório do caso da Tamires, que é um caso emblemático nesse Estado. Uma mulher morta dentro da Delegacia no dia Internacional da Mulher e, ao que tudo indica, por agentes do Estado”, destacou Eliziane Gama.
A presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Eliziane Gama (PPS), cobrou várias vezes esclarecimentos e providências sobre a morte da jovem, encontrada enforcada no corredor da delegacia de Porto Franco, a cerca de 800 km de São Luís.
O Caso Tamires foi considerado emblemático porque aconteceu no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Para Eliziane Gama, a morte de Tamires é mais um caso dentro do sistema prisional do Estado do Maranhão.
 Entenda o caso:
Tamires Vargas foi presa na noite de terça-feira (8) de março de 2011, por policiais militares em Campestre porque estava embriagada. Ela foi levada para a Delegacia de Porto Franco e responderia por desacato que, no mínimo, por tratar-se de crime de pouco potencial ofensivo, daria um Termo Circunstanciado de Ocorrência e seria colocada em liberdade logo após ficasse recuperada do porre.
Quando a jovem Tamires Pereira Vargas chegou à Delegacia de Porto Franco, foi colocada no corredor, porque era mulher, além de estar muito embriagada. No local, tinha um homem, que estava em regime semiaberto. O carcereiro mandou que ele saísse do corredor, onde ficou Tamires, porque não pode misturar homem com mulher.
Ao sair, o detento retirou a rede dele, mas deixou as cordas, das quais teria aproveitado Tamires Pereira para se enforcar.
O carcereiro encontrou o corpo de Tamires por volta de 2 horas da madrugada de quarta-feira e imediatamente comunicou ao delegado que, por sua vez, informou o fato ao delegado regional Francisco de Assis Ramos.
O corpo de Tamires, antes de ser removido para o Instituto Médico Legal em Imperatriz, foi alvo de perícia por peritos do Instituto de Criminalística.
Hematomas
No corpo de Tamires Pereira, foram encontrados vários hematomas e, por conta disso, o delegado regional Francisco de Assis Ramos determinou o delegado Eduardo Galvão, titular da delegacia de Estreito, para que sejam feitas investigações sobre o caso.

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