Em coletiva, o presidente da Comissão Investigadora do Crime Organizada (Cico), delegado Bonfim Filho, disse que a operação “Fake” foi desencadeada para dar cumprimento a cinco mandados de prisão, contra acusados de expedição de notas fiscais frias, sonegação fiscal e falsificação de documentos. Mas, as informações vazaram e apenas um foi preso, identificado como Érdno Ferreira Pontes de Morais.
A polícia busca por Fernando Ferreira Pontes de Morais, presidente da Cooarte – Cooperativa Mista dos Artesões de Teresina Limitada, sua esposa Gildásia Barros Ferreira de Morais, além de Everardo Soares Alvarenga e Eugênia Lopes de Miranda, que são considerados foragidos. A Cooperativa fazia contratos com empresas e prefeituras do Piauí e do Maranhão.
Segundo o delegado Bonfim, um relatório feito pela Sefaz detectou que 433 notas fiscais falsas deram entrada na secretaria avaliadas em R$ 4,5 milhões, que em imposto sonegado correspondeu a R$ 750 mil. O golpe foi descoberto com o cruzamento de dados nas entradas e saídas da empresa. A empresa utilizava atividades regulares para forjar notas fiscais e simular compras de mercadorias.
“A polícia vai trabalhar com a hipótese de que houve a emissão de notas e o material não foi entregue, podendo ser utilizadas em prestação de contas de prefeitura”, destacou Bonfim Filho
Policiais da Comissão Investigadora do Crime Organizada (Cico) acompanhados de fiscais da Secretaria da Fazenda, cumpriram mandados de busca e apreensão em uma empresa na zona Norte de Teresina, nesta quarta-feira (13). Os policiais investigam crimes de sonegação fiscal que seriam praticados no Piauí e Maranhão.
Os agentes apreenderam, numa fábrica de material escolar, vários computadores e notebooks. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz Francisco Ferreira de Lima, da 6ª Vara de Timon.
Durante a operação, uma pessoa foi detida por porte de armas, foi preso em flagrante, mas vai pagar uma multa de R$ 2.180,00 e será liberado. Ele foi levado para a Central de Flagrantes de Timon, pelo delegado Hermes José Bezerra.
As investigações iniciaram na Secretaria da Fazenda em outubro de 2010 e o secretário de Segurança, Robert Rios, determinou apoio da Cico. Segundo o delegado Bonfim Filho, todas as equipes da Comissão estão envolvidas na operação.