Dia do jornalista abre discussão sobre exigência de diploma para exercer a profissão

A deputada Gardênia Castelo lembrou, esta semana, do dia do Jornalista, comemorado no dia 7 de abril. “Ao congratular-me com estes vigilantes da democracia, incorporo meu sentimento à causa dos 110 mil jornalistas do Brasil que, juntamente com suas entidades de classe, travam uma batalha sem fronteiras em busca do restabelecimento da exigência do diploma como requisito básico para o exercício da profissão”.
Para a deputada, acabar com a exigência de diploma de Jornalismo é o mesmo que usurpar um direito conquistado há 64 anos, desde a criação do primeiro curso de jornalismo do país. “Só interessa mesmo àqueles que desejam subjugar a categoria para deixá-la frágil, insegura, dispersa e mercantilizada”, declarou.
Durante o seu pronunciamento, Gardênia Castelo fez referência à deputada Eliziane Gama, jornalista por formação, afirmando que a colega de parlamento “presta um grande serviço à Assembleia Legislativa, com seriedade, garra e determinação”.
Em aparte, a deputada Eliziane Gama ressaltou que a questão da exigência do diploma de Jornalismo voltará à discussão, dessa vez por iniciativa do Congresso Nacional, lembrando que a decisão que tornou o diploma de Jornalismo sem efeito partiu do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para ela, a realidade não reproduz a suposição de cerceamento à liberdade de expressão. “Nós não temos nenhum registro de que um comunicador, na sua formação, seja minimamente responsável por alguma atitude que venha a burlar ou limitar a liberdade de expressão”.
Segundo a deputada, a prática nas academias hoje é exatamente o contrário, é pela defesa da ampliação dos direitos assegurados ao longo das últimas décadas.
Comentário do blogueiro Paulo Roberto
Vale lembrar, que neste país temos liberdade de exercer qualquer profissão, observando que a não exigência do diploma para exercer a profissão de jornalista, não põe fim ao curso, ao contrário, pois vivemos em uma época, na qual ter uma formação superior é imprescindível, tanto na profissão de jornalista, como em qualquer outra.
Entretanto, é evidente que algumas profissões exigem diploma, tendo em vista o risco da atividade exercida perante outrem, como por exemplo, medicina, engenharia, entre outras, o que não é o caso do jornalismo. Não é a ausência de um diploma que faz um jornalista violar os direitos individuais alheios (honra, imagem), que o faz agir sem ética, ao contrário tem muito jornalista com o diploma na parede que age dessa forma.
Pior ainda, é se pensarmos nos parlamentares, que não têm, nem ao menos, o ensino fundamental completo e são responsáveis por representar e “legislar” a vida em sociedade. Enfim, estes são apenas alguns pontos para se refletir.

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