Drama: Moradias destinadas às vítimas das enchentes correm o risco de desabar.

O Comitê de Monitoramento das Políticas Públicas para Famílias Atingidas pelas Enchentes denunciou que mais de 200 imóveis correm o risco de desabar em virtude das péssimas condições de construção das casas destinadas às vítimas das enchentes de 2009 no município de Trizidela do Vale. A cerca de 1 mês, as famílias que já tinham sido cadastradas, ocuparam os imóveis.
As casas apresentam graves problemas. O maior deles é o aparecimento de enormes rachaduras que comprometem a estrutura. Muitos imóveis, recém-construídos, já correm o risco de desabar sobre as famílias.
O conjunto habitacional Monte Rei não possui infraestrutura mínima para receber os moradores. Ruas esburacadas e não pavimentadas, fossas inacabadas, ausência de saneamento básico, dentre outros, também marcam o residencial. Mesmo que as casas estivessem em perfeitas condições físicas, não há que se falar em direito à moradia digna quando não estão presentes todos os meios para exercê-la de modo satisfatório.
As 240 unidades custaram mais de R$ 5 milhões – dinheiro dos governos federal, estadual e do município.
O Ministério da Integração Nacional, que liberou a verba para a construção das casas, afirmou em nota que é responsabilidade do governo do Maranhão observar os critérios de qualidade técnica, os prazos e os custos da obra, e que vai mandar técnicos ao estado para vistoriar as casas.
Já o governo do estado alega que não foi informado pelo município sobre a inauguração e que, por isso, não fez a vistoria final.
A prefeitura disse que inaugurou as casas às pressas, porque elas já estavam sendo invadidas, e culpou a empreiteira pelos problemas. “A empresa será responsabilizada e poderá ter um prejuízo grande, mas ela tem que repor e refazer tudo dentro do padrão, como diz o plano de trabalho”, afirma o prefeito de Trizidela do Vale, Jânio Freitas de Souza.

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