Caema pede realinhamento de tarifa

O secretário de Estado de Saúde, Ricardo Murad, e o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), João Moreira Lima, estiveram reunidos terça-feira (16), com representantes de instituições e diversos segmentos da sociedade civil organizada, para discutir proposta de realinhamento das tarifas cobradas pela empresa. O valor mínimo atual cobrado mensalmente pelos serviços de água e esgoto, de R$ 8,70, não sofre reajuste desde 2004 e é o menor do país. Participaram da reunião o promotor Ronald Pereira (Ministério Público) e Miguel Ribeiro (Procuradoria Geral do Estado), além de representantes do Procon, Sindicato dos Urbanitários, Conselho Regional de Economia, entre outras entidades.
“Estamos discutindo de forma transparente a necessidade da Caema ter desempenho comercial sustentável e condições de operar com eficiência para garantir serviços de água e esgoto de qualidade a toda a população”, enfatizou Ricardo Murad.
O realinhamento das tarifas foi proposto ao secretário de Saúde pela direção da Caema para possibilitar a reestruturação econômico-financeira da companhia. Hoje, as tarifas cobradas pela companhia cobrem apenas 50% dos seus custos operacionais e, pela necessidade de bancar o restante do custeio, o Governo do Estado fica impossibilitado de fazer investimentos estruturais na empresa.
Para o presidente da Caema, a empresa está trabalhando para aprimorar os serviços prestados à população, mas, para que isso aconteça, é necessário haver aumento no faturamento da empresa, além dos investimentos já feitos pelo Governo do Estado. “Agora, o que não se pode é trabalhar com uma tarifa defasada. Sem recursos nós não conseguiremos fazer uma gestão de qualidade”, ressaltou. De acordo com João Moreira Lima, a empresa precisa investir nos próximos anos cerca de R$ 5 milhões para garantir a universalização do acesso aos serviços de saneamento.
Ricardo Murad esclareceu que o realinhamento das tarifas será discutido exaustivamente com as instituições e com a sociedade civil para definir a forma de aplicar a medida, buscando não onerar o consumidor, principalmente o de menor renda.
“A tarifa em vigor no Maranhão representa cerca de 60% do valor cobrado no resto do país. Se a Caema estivesse fazendo o realinhamento das tarifas a cada ano, a exemplo do Ceará e de Sergipe, estaria em uma situação financeira bem melhor”, disse o assessor de Planejamento da Caema, João José Serra. Depois de ouvir a proposta da Caema, os participantes da reunião foram convidados para uma segunda reunião, nesta quinta-feira (17), à tarde, para dar continuidade à discussão sobre o realinhamento tarifário.
Comentário do Blog
Absurdo. Essa é, sem dúvida, a palavra mais adequada para configurar o aumento de tarifa proposto pela Caema. É inadmissível pensar em aumento de qualquer serviço que não tenha eficiência, como é o caso do serviço prestado pela Companhia, que trabalha com um racionamento de água desnecessário.
Se pensarmos com cautela perceberemos que já pagamos um valor alto, tendo em vista que pagamos a água que temos em um dia na torneira de casa e no outro dia somos obrigados a mexer no bolso novamente para comprar garrafões de água de empresas privadas, isso na melhor das hipóteses, pois para a maioria da população cabe recorrer ao velho e bom pote ou balde para, de alguma forma, conseguir água para sanar, ao menos, as necessidades básicas.   Eu mato a cobra e mostro o pau.

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