Exposição de objetos e obras de arte do acervo pessoal do artista e inauguração de sala de música marcaram nesta quinta-feira (31), o evento com o qual o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) homenageou o cantor Cláudio Pinheiro. Durante mais de um ano, o artista comandou o projeto TCE Cultural, concebido e implantado por ele na corte de contas maranhense. O projeto foi a última iniciativa de Cláudio Pinheiro no campo cultural, até seu falecimento em março deste ano.
Reunindo objetos pessoais, instrumentos musicais e obras de arte do acervo do artista, entre outros itens, a exposição “A magia cultural de Cláudio Pinheiro”, foi aberta às 10h da manhã, na Galeria Amina Barros, pelo presidente do TCE, Marcelo Tavares, com a presença de familiares, membros e servidores do TCE, além de convidados que fazem parte da história do artista, entre eles os ex-secretários de Cultura Luís Bulcão, o ex-diretor da Escola de Música do Estado (EMEM), Roberto Brandão, José Pereira Godão e o cantor Inácio Pinheiro, irmão do artista.
A abertura do evento foi prestigiado ainda pelos conselheiros Daniel Brandão, Flavia Gonzalez, Antonio Blecaute, Álvaro César e Osmário Guimãres, e pelos secretários Iuri Sousa (Gestão), Regivânia Batista (Gestão de Pessoas) e Fabio Alex de Melo (Fiscalização). “Com essa homenagem singela, tentamos retribuir um pouco pelos muitos momentos felizes que Claudio Pinheiro nos proporcionou por meio do projeto TCE Cultural”, afirmou o presidente do TCE, que falou em nome dos membros e servidores da casa.
Usaram da palavra ainda o novo coordenador do projeto, e idealizador da exposição, João Carlos Pimentel, o filho do artista, Felipe Braúna, e o historiador Mauro Enéas Frazão, diretor do Museu do Forte, e companheiro de longos anos em projetos culturais.
Momentos antes, foi descerrada a placa que inaugura a Sala de Música Cláudia Pinheiro. Espaço anteriormente reservado aos ensaios e guarda de equipamentos do Coral do TCE, a sala deverá abrigar agora as atividades do projeto TCE Cultural, que também está sendo retomado nessa data, visando resgatar e dar vida ao legado do seu criador.
Entre convidados, membros e servidores, o clima era de saudade e gratidão, além da expectativa de que iniciativas como a do Tribunal possam servir para manter ativo o legado do artista. “Ainda é muito difícil para todos nós, mas ações como essa amenizam a dor e a saudade, que atinge não apenas a família, mas a todos que o conheceram e trabalharam com ele, inclusive aqui no TCE. Somos muito gratos por isso”, afirmou o cantor Inácio Pinheiro, irmão do artista.
Para nós, esse evento representa o ponto de partida para a retomada dos projetos que ele deixou em andamento. Somos muito gratos ao Tribunal por mostrar às pessoas um pouco do que ele fez, tornando essa herança ativa, de forma que possa impulsionar outras pessoas pelos caminhos da cultura e da arte”, considerou Felipe Braúna Pinheiro, filho de Cláudio.
Para o criador do Boi Barrica, ativista histórico da cultura popular maranhense, José Pereira Godão, a inciativa do TCE contribui “para manter em expansão esse ponto de luz chamado Cláudio Pinheiro. Estar aqui nesse momento convivendo com lembranças, relíquias, recordações, significa revitalizar essa expansão, esse trabalho cultural e artístico, a devoção de Cláudio Pinheiro em vários segmentos, da música às artes plásticas. Fazer isso é contribuir para o fortalecimento da cultura maranhense”, declarou.
Nascido no município de Araioses, o artista teve uma intensa atuação na cena cultural da cidade, dando importante contribuição para a valorização da cultura do estado, por meio de uma extensa pesquisa das manifestações culturais do Maranhão. Seu primeiro disco foi lançado em 1993, tendo sido indicado para o Prêmio Sharp na categoria “Revelação Nacional”.
Na visão do idealizador do evento, o novo coordenador do TCE Cultural, João Carlos Pimentel, a retomada das atividades do TCE Cultural com a exposição “A Magia Cultural de Cláudio” foi extremamente satisfatória. “Pudemos contar com o apoio da família e dos amigos do homenageado, que compareceram em grande número. Tivemos também servidores do TCE, e das empresas terceirizadas que prestam serviço ao órgão”, avaliou;
Pimentel destacou ainda o apoio de Felipe Pinheiro (filho do homenageado), na cessão e traslado do acervo exposto, sendo figura primordial na curadoria coletiva da exposição.
Também significativa, lembrou ele, foi a montagem da exposição realizada pela arquiteta Natália Batistella, e pela estagiária de estudante de arquitetura Maendra Araújo. “Por fim, a realização da exposição e retomada das atividades do TCE Cultural foi possível graças ao apoio e incentivo do Presidente Marcelo Tavares, que por meio de Portaria, aprovou nova Comissão para coordenar as atividades do programa”.