Lideranças rurais debatem futuro do agro diante de ameaças à tecnologia de pulverização agrícola com uso de aeronaves e drones  Assunto foi centro de evento realizado pela Faema e Sinrural durante Expoimp.

Um dos destaques da programação da 54ª Expoimp, encerrada no domingo (14), o “Diálogo pelo futuro do agro na Aviação agrícola: segurança técnica, ambiental e jurídica” realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Brasil – Faema, em parceria com o Sindicato Rural de Imperatriz – Sinrural, e patrocínio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar, reuniu produtores e lideranças, profissionais de ciências agrárias e autoridades executivas e políticas do estado e região tocantina, na manhã da última sexta-feira, no auditório do Sinrural.
A programação foi iniciada com um voo de demonstração prática de aplicação de defensivos agrícolas com o uso de avião, drone e helicóptero.
 A intenção foi mostrar que os equipamentos são tecnologias auxiliares que ajudam a dar precisão ao manejo agrícola e pecuário, e que utilizados da maneira correta, seguindo todos os parâmetros técnicos e legais, são completamente seguros, tanto para a saúde publica como para a sustentabilidade ambiental e econômica.
“É inegável que o aumento da produtividade em uma propriedade rural hoje depende de tecnologias como a pulverização aérea, para combater pragas no tempo certo, com o defensivo certo e na quantidade recomendada”, destacou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão – Faema, Raimundo Coelho. A realização do evento teve o objetivo de orientar e defender o uso consciente da pulverização aérea, e para isso foram apresentadas palestras que discutiram aspectos técnicos, ambientais, sociais e jurídicos que envolvem a prática, que é regulamentada e fiscalizada por diversas legislações e órgãos federais e estaduais.
 “A lei federal nº 14.785 que regulamenta o uso de defensivos agrícolas já dispõe das normas para o uso desses equipamentos para pulverização agropecuária.
O que cabe aos parlamentos municipais e estaduais é a regulamentação e fiscalização da atividade em seus territórios, e não a proibição, que acaba por inviabilizar o setor produtivo, visto que hoje, a agricultura e pecuária de precisão é que auxiliam o produtor rural a conseguir produzir com eficiência, qualidade, segurança ambiental e competitividade”, enfatiza Coelho.
 Em seguida a demonstração prática com sobrevoo e pulverização, o evento seguiu com palestras ministradas por especialistas locais e nacionais. “A aviação agrícola é uma realidade em todo o mundo e aqui no Brasil temos uma das maiores frotas, e também temos uma extensa regulamentação e órgãos fiscalizadores.
 Tudo isso garante a segurança da atividade, que é fundamental para a segurança alimentar do país”, comentou o Diretor Operacional do SINDAG – Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola, Cláudio Júnior Oliveira.
O presidente da Comissão de Direito Agrário e do  Agronegócio do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão e  Presidente do Conselho Jurídico da Faema, Emerson de Macedo, ressaltou que a iniciativa também buscou aproximar o setor produtivo dos órgãos de governo e parlamentares para apresentar os desafios do setor.
“Foi uma oportunidade de sermos ouvidos, de mostrarmos o nosso lado da história, e de garantir que estamos comprometidos em produzir cumprindo a legislação vigente, respeitando os órgãos fiscalizadores e usando a tecnologia de forma responsável”, declarou Macedo.
 O evento teve a participação de autoridades como a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale, os deputados estaduais Antônio Pereira, Rildo Amaral e Roberto Costa, o deputado federal Josivaldo Pereira, o superintendente federal do Ministério da Agricultura no Maranhão, Welington Reis, o secretário estado da Agricultura e Pecuária do Maranhão, Flávio Viana, o presidente do Sindicato Rural de Imperatriz, Glen Maia, dentre outros.
 A programação contou ainda com a participação do engenheiro agrônomo com doutorado em Agronomia e professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Dr. Wellington Pereira Alencar de Carvalho, que detalhou os aspectos técnicos da atividade; enquanto a chefe do SIFISV (Serviço de Inspeção, Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal) e Coordenadora da Fiscalização da Aviação Agrícola no Estado do Maranhão, Dra Claudia Sponholz, orientou sobre as atribuições do MAPA e as obrigações de pilotos e produtores rurais com relação à Aviação Agrícola.

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