A Corte de Cassação de Roma, última instância da justiça italiana, confirmou a condenação de nove anos de prisão do jogador de futebol Robinho, de 37 anos e seu amigo, Ricardo Falco, pelo crime de violência sexual, cometido no ano de 2013 contra uma albanesa, que comemorava seu aniversário de 23 anos em uma boate de Milão.
A interceptação de conversas entre Robinho e Falco e escutas instaladas no carro do Robinho, autorizadas pela justiça italiana, foram decisivas na conclusão do caso, inclusive, trechos foram divulgados pelo Globo Esporte.
Nas conversas divulgados pelo site do GE, fica claro que todos se aproveitaram do estado de embriaguez da vítima:
Robinho: – O (NOME DE AMIGO 1) tenho certeza que gozou dentro dela.
Falco: – Não acredito. Naquele dia ela não conseguia fazer nada, nem mesmo ficar em pé, ela estava realmente fora de si.
Robinho: – Sim.
Em outro trecho, Robinho conversa com Jairo, o músico da boate, para dizer que estava com ele e tenta negar que participou do estupro:
Robinho: –A polícia não pode dizer nada, eu direi que estava com você e depois fui para casa.
Jairo: – Mas você também transou com a mulher?
Robinho: – Não, eu tentei. (NOME DE AMIGO 1), (NOME DE AMIGO 2), (NOME DE AMIGO 3)…
Jairo: – Eu te vi quando colocava o pênis dentro da boca dela.
Robinho: – Isso não significa transar.
Apesar da condenação ter cumprimento imediato, Robinho está em solo brasileiro e a Constituição Federal veda a extradição de brasileiros para cumprir penas impostas por outros países, porém, a justiça italiana poderá pedir para a justiça brasileira que os condenados cumpram a sentença em uma penitenciária brasileira.
O crime ocorreu em janeiro de 2013 e agora depende do judiciário brasileiro para que a justiça seja feita. Entretanto, é de conhecimento geral desta nação que o andamento dos processos judiciais leva tanto tempo, que as condenações costumam prescrever e os réus acabam impunes. Conhecido pelo drible da pedalada, será que Robinho vai pedalar também na justiça brasileira e se livrar dessa?
Já os outros quatro amigos, que participaram do crime, saíram da Itália antes da conclusão das investigações e, pela ausência da intimação, o processo não incluiu eles, devendo seguir outro procedimento.