Robert Serejo foi preso enquanto tentava sair da capital maranhense, no início da tarde de sábado,5, no km 21 da BR-135. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP), dois policiais militares estavam, por coincidência, na van que o assassino entrou para se dirigir ao interior ao estado. Eles o reconheceram e o conduziram até o posto da PM na Estiva.
Em seguida, um forte aparato policial, que contou com policiais do BPChoque e do 21º Batalhão, foi mobilizado para fazer a escolta. Vários populares se concentraram na entrada da sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) revoltados e ameaçando linchar Robert Serejo. Por falta de condições de segurança e devido ao clima tenso, o assassino foi conduzido, por volta das 13h30, para o comando da PM, onde o depoimento foi colhido.
O secretário de Segurança Pública , Jefferson Portela, foi descartou a participação da mãe da criança, Jaciane Borges, no crime. Em algumas redes sociais, áudios de supostos vizinhos insinuavam a participação dela no homicídio. “Confirmamos a versão dela [mãe] que a mesma estava em uma entrevista de emprego, e logo,descartamos a participação”, disse.
O delegado-geral da Polícia Civil, Leonardo Diniz, aproveitou a coletiva para se defender das críticas feitas às investigações, que não localizaram de forma mais rápida o corpo de Alanna – que estava no quintal da sua própria residência. Segundo o delegado, como a primeira linha de investigação conduzia para o desaparecimento, não havia justificativa para fazer uma verificação mais minuciosa da casa. “Os familiares, inclusive, nos disseram que já havia sido feita uma varredura na casa. Portanto, a polícia não viu necessidade de encontrar o corpo justamente na residência”, disse.
Depoimento
Em depoimento, Robert Serejo deu mais detalhes sobre como cometeu o assassinato de Alanna. O assassino contou que já sabia que a mãe de Alanna iria sair e que a criança estaria por várias horas sozinha em casa. Ele chegou à residência por volta das 9h30 e bateu na janela do imóvel. Ele chegou à residência por volta das 9h30 e bateu na janela do imóvel. Sem a resposta da criança, que provavelmente não ouviu o sinal, o assassino pulou o muro e entrou na casa pela porta dos fundos, já que ele tinha a cópia da chave.
Quando entrou na casa, a criança estava no banheiro, trajando apenas uma blusa e de toalha. Assustada, ela pensou em gritar, no entanto, o assassino tapou a boca da menina. Acuada, Alanna foi estuprada e, em seguida, asfixiada. Segundo Robert Serejo, a motivação foi pelo fato da criança implicar e falar mal dele para a mãe. A polícia confirmou ainda que Robert Serejo não tinha antecedentes criminais.
O velório e sepultamento de Alanna Ludmila ocorreu em clima de comoção. O corpo dela foi transportado, da escola onde estudava, até a Central de Velórios Pax União, em Paço do Lumiar, na manhã de sábado,4, em carro do Corpo de Bombeiros. Várias pessoas acompanharam o cortejo, que passou por algumas vias do município.
Ao chegar ao cemitério, o corpo de Alanna foi recebido com muitos aplausos. Após um momento religioso, aconteceu o enterro. A mãe de Alanna, Jaciane Borges, estava visivelmente emocionada e disse que perdoava as pessoas que haviam feito isso com a filha dela. “Eu perdoo quem fez isso”, disse.