Governo do Estado notifica papelarias para combater venda irregular de material escolar pelo Programa Bolsa Escola

O
Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor (Procon/MA), em parceria
com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), notificou 17
papelarias de São José de Ribamar, nesta segunda-feira (13). A ação tem o
objetivo de combater preços abusivos e o desvio de finalidade dos recursos do
Programa Bolsa Escola (Mais Bolsa Família).
Dos
17 estabelecimentos fiscalizados, dois não possuem cadastro no Programa. Os
outros 15 são cadastrados, mas foram notificados a fim de aceitarem o cartão
somente para compras de material escolar. Os recursos não podem ser utilizados
para aquisição de nenhum outro tipo de material.
Segundo
o presidente do Procon/MA,  Duarte Júnior, a ação será repetida em todo o
estado. “Vamos fiscalizar os estabelecimentos que não estão cadastrados ou que
estejam recebendo o cartão Bolsa Escola para compra de outros itens. O objetivo
do Programa Bolsa Escola é garantir que as crianças tenham acesso ao recurso
para compra de material escolar e não para compra de outros materiais que não
venham a contribuir para o aprendizado das crianças”.
Para
o gestor do Programa Estadual Bolsa Escola (Mais Bolsa Família), André Neves,
os estabelecimentos tiveram a chance de fazer o credenciamento no
Programa de setembro a dezembro de 2016. “Alguns estabelecimentos não
credenciados começaram a aceitar o cartão, assim como outros estabelecimentos
credenciados passaram a vender outros produtos que não têm nada a ver com
material escolar. Por isso, quem não estiver cumprindo o objetivo do programa
será autuado”, reiterou o gestor.
De
acordo com o artigo 10 do Decreto Estadual 30.296/2015, o benefício concedido
por meio do Programa Mais Bolsa Escola-Família será para uso exclusivo na
compra de material escolar. Também o artigo 39, inciso V, do Código de Defesa
do Consumidor estabelece como prática abusiva exigir vantagem manifestamente
excessiva do consumidor, ficando, portanto, proibida a prática de preços altos
sem justificativa.
Os
estabelecimentos terão 10 dias para apresentar defesa e solucionar as
irregularidades. Em caso de descumprimento, as lojas poderão responder por
crime de desobediência, ficando sujeitas a sanções administrativas e civis
cabíveis, nos termos do artigo 330 do Código Penal. Caso identifique um
estabelecimento irregular, o consumidor pode tirar uma foto e enviar ao
Procon/MA por meio do sitewww.procon.ma.gov.br ou formalizar denúncia por meio do
qualquer unidade do instituto.
Mais
Bolsa Escola
O
Programa Mais Bolsa Família-Escola, executado pela Sedes, foi criado pelo
Governo do Estado para complementar a renda de famílias maranhenses que possuam
filhos de 4 a 17 anos matriculados em escolas da rede pública de ensino, com o
objetivo de promover a dignidade a crianças e jovens maranhenses.
No
início de 2016, mais de 200 estabelecimentos cadastrados no Programa para venda
de materiais didáticos foram alvo de investigação do Procon/MA por aumento
injustificado de preços. A fiscalização aconteceu nos municípios de Açailândia,
Bacabal, Balsas, Barreirinhas, Caxias, Codó, Cururupu, Estreito, Imperatriz,
Itapecuru-Mirim, Paço do Lumiar, Pedreiras, Pinheiro, Presidente Dutra, Santa
Inês, Santa Luzia, São João dos Patos, São José de Ribamar, São Luís, Timon e
Viana.

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