Prefeito Soliney Silva aluga imóveis sem licitação

O Ministério Público Federal (MPF) propôs uma ação
penal pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito do
município de Coelho Neto (MA), Soliney de Sousa e Silva. O gestor é acusado de
ter locado quatro imóveis sem o devido procedimento licitatório. Cerca de R$
128 mil foram utilizados do Programa Brasil Escolarizado do Ministério da
Educação.
Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), que
apurou as irregularidades, não houve pedido de dispensa para a locação de
imóvel, formalidade prévia necessária para verificação da necessidade e da
conveniência da contratação e disponibilidade dos recursos públicos. Os dados
foram obtidos por meio de notas de empenho assinadas pelo prefeito.
De acordo com o procurador regional da República
Ronaldo Albo, o procedimento de dispensa de licitação deve se pautar nas
previsões da Lei nº 8.666/93 para a formalização das contratações diretas
realizadas pela administração pública.
Em declaração, o prefeito se comprometeu a
justificar as irregularidades, no entanto, não apresentou os documentos
necessários, apesar de ofício encaminhado pela Polícia Federal.
O MPF aguarda o recebimento da denúncia pelo
Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília. Se condenado, o
prefeito poderá cumprir pena de detenção de três a cinco anos mais o pagamento
de multa. O prefeito também deve responder por crime de responsabilidade devido
ao desvio de recursos em proveito próprio ou alheio.

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