Editora da Secti lança livro “Maria por Maria”

A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e
Inovação (Secti) lança nesta sexta-feira (22), o livro autobiográfico da médica
Maria José Aragão – “Maria por Maria” ou “A Saga da Besta Fera nos porões do
Cárcere e da Ditadura”. O livro é uma edição especial dos Cadernos Maria Aragão
de Tecnologias Sociais, publicado pela Editora Engenho, e tem, como autor, o
jornalista e professor-mestre Euclides Moreira Neto.
Para o secretário da Secti, Bira do Pindaré, a
publicação é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido por Maria Aragão, que
atuou de forma significativa na busca de uma sociedade mais justa e
igualitária. “A sua atuação é referência para todos nós que queremos um
Maranhão melhor. A publicação vem com um material inédito que deve despertar um
grande interesse do público”, disse o secretário.
O livro, com 346 páginas, reúne o conteúdo de uma
série de entrevistas concedidas por Maria Aragão ao jornalista Euclides Moreira
Neto, no ano de 1988, cuja transcrição foi realizada logo após sua morte,
ocorrida no mês de julho de 1991. Na época em que as entrevistas foram
concedidas, Euclides realizava pesquisa para fundamentar o enredo carnavalesco
desenvolvido pela escola Favela do Samba, que a homenageou no carnaval de 1989,
com o tema “O Sonho de Maria”.
Toda série de entrevistas, segundo Euclides
Moreira, foi gravada em vídeo no sistema VHS, o que, naturalmente, torna o
material audiovisual bastante vulnerável e efêmero. O autor esclareceu que, na
transcrição, foi utilizada a mesma sistemática de entrevistas convencionais de
perguntas e respostas. As exceções que ocorrem no texto transcrito se registram
quando a própria entrevistada cita perguntas e respostas sobre casos e
situações que narra, relembrando algo que considerava relevante.
“A narrativa de Maria Aragão é, sem dúvida, rica em
detalhes, embora, eventualmente, ela faça questão de mencionar que não é boa em
memorizar nomes e datas, o que faz com alguma frequência durante as
entrevistas. Apesar disso, o sentido da força narrativa é preservado e dá,
perfeitamente, para o leitor compreender o que ela gostaria de dizer”, destaca
Euclides.
O autor disse ser impressionante como, em sua
narrativa, Maria Aragão é respeitosa com todos os que cita, não nos deixando
perceber o sentimento do “ódio por ódio”. “Percebemos que foi humilde, altiva,
guerreira e combativa com aqueles que compartilharam de sua vida, assim como
cultivava um profundo amor por aqueles que considerava como amigos e por seus
filhos adotivos, de quem falava com muito carinho e orgulho” , analisa o autor.
“Que este texto seja mais um testemunho fidedigno
da ação de uma mulher que se doou à causa do socialismo e à luta por um mundo
melhor e mais igualitário, sem opressores e oprimidos. Que seus erros e acertos
sejam lições de vida para todos nós, pois, eu compartilho desses mesmos
ideais”, salientou Euclides.
 Cadernos Maria Aragão
Por meio do edital Coleção “Cadernos Maria Aragão
de Tecnologias Sociais” já foram publicados outros títulos que estão
disponíveis no site da Secti, no endereço www.secti.ma.gov.br. O secretário
adjunto da Secti, Jhonatam Almada, conta que com a criação da editora Engenho
pela secretária, já foram publicados, no formato digital, o Caderno Maria
Aragão de Tecnologias Sociais, Volume I; Caderno Ignácio Rangel de CT&I,
Volume I; e Caderno Maranhão no Ciências Sem Fronteira, Volume I, que reúnem
artigos e relatos de experiências .
“Também publicamos os livros Políticas Educacionais
na América Latina e o livro de Experiências de Educação Profissional
Tecnológicas, resultado de um seminário realizado em junho do ano passado, além
de uma cartilha de Autismo e Tecnologia Assistivas, que foi lançada durante a
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia”, conta Jhonatam.
Por meio do edital também foi lançado o almanaque
do centenário de Ignácio Rangel, que deve ser disponibilizado, no formato
digital, no site da secretaria ainda esta semana.

São priorizadas publicações com as temáticas
relacionadas a minorias – comunidades quilombolas, indígenas, agricultores
familiares e assentamentos da Reforma Agrária, juventude, pessoas com
deficiência e periferias de áreas urbanas com vulnerabilidade socioeconômica. O
edital é uma oportunidade de relatar a ação das tecnologias no Maranhão. Uma
nova chamada do edital deverá ser aberta no primeiro semestre deste ano para
recebimento de novas propostas.

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