Justiça decreta prisão preventiva de cinco suspeitos de vandalismo em Urbano Santos

O titular da comarca de Urbano Santos, Samir Mohana, decretou a prisão preventiva de cinco  pessoas suspeitas de
participar dos atos de vandalismo no fórum da cidade, durante manifestação realizada pela população.
Segundo as investigações, conduzidas pela Polícia Civil, elas teriam atentado
contra os prédios públicos com motivos alheios aos da manifestação e teriam a
finalidade de destruir processos e libertar criminosos. Quatro pessoas já foram
detidas e encaminhadas para a Unidade Prisional de Chapadinha, a quinta
continua foragida.
O magistrado suspendeu todas atividades nos dias 25 e
26, o que inclui o atendimento à população. O juiz ponderou que não se trata de
uma ação da população, a qual classificou como ordeira, mas um crime cometido
por uma minoria com motivação que está sendo investigada. Para ele, o maior
prejudicado é o cidadão de bem, que recorre à Justiça para garantir o seu
direito.
O magistrado informou que uma
equipe da Engenharia do Tribunal de Justiça já está na cidade para avaliar a
dimensão dos estragos, mas antecipou que o Fórum precisará passar por obras de
reparo dos danos causados. O juiz também informou que deverá manter a suspensão
dos prazos processuais até que a situação esteja normalizada, o que deverá
prejudicar aqueles que aguardam uma decisão dos seus processos.
A manifestação que levou
centenas de pessoas à delegacia decorreu da prisão e possibilidade de
transferência de um acusado de ter estuprado e assassinado uma criança de seis
anos naquele município. A menina teria desaparecido no último sábado (21) e só
foi encontrada no dia seguinte, em um matagal próximo da residência dos pais,
ainda com vida. Apesar dos esforços para salvar a criança, ela faleceu a
caminho do hospital. O crime teve grande repercussão e comoveu todo o Estado.
A prisão do suspeito aconteceu
nessa terça-feira (25) e ele foi levado, juntamente com testemunhas, para depor
na delegacia da cidade. Sabendo da prisão, a população se deslocou para a porta
da unidade policial, onde passou a reivindicar a entrega do suspeito do crime.
Em meio a manifestação estariam pessoas com outros interesses e teriam incitado
a população a depredar os prédios públicos. De acordo com o juiz, durante o
enfrentamento, vândalos arremessaram pedras e rojões. Também houve disparos de
arma de fogo.
Foram identificadas avarias em
portas internas, quebraram o telhado, janelas, portas de vidro, recepção,
secretaria, salas e Salão do Júri. Alguns processos foram danificados e deverão
passar por processo de recuperação.

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