Polícia do Maranhão desarticula bando que praticava assaltos a bancos em pelo menos quatro estados

Uma quadrilha especializada em assalto a banco,
considerada violenta e perigosa, foi desarticulada em ação da Polícia Civil na
madrugada desta quinta-feira (24). O bando se preparava para realizar mais uma
assalto, desta vez à agência bancária do município de Grajaú, quando foi
surpreendido pelos policiais. No confronto, houve troca de tiros e três membros
da quadrilha foram mortos, entre eles, John Lennon da Silva, tido como líder do
bando e contato de facção criminosa paulista no Maranhão. Quatro integrantes
conseguiram fugir e estão sendo procurados. Além do Maranhão, a quadrilha agia
nos estados do Pará, Piauí e São Paulo. A investigação apontou que já teriam
praticado mais de 12 assaltos a bancos – em dois destes conseguiram a quantia
de R$ 1,5 milhão.
“Essa quadrilha já havia praticado vários assaltos
a banco no interior do estado. Eles agiam sempre com violência e andavam
fortemente armados. Com esse trabalho, a polícia desarticulou um grupo
altamente perigoso”, afirmou o secretário de Estado de Segurança Pública,
Jefferson Portela, durante coletiva de imprensa. A marca registrada da ação dos
integrantes da quadrilha era o uso de violência e de armamento de alto calibre
– geralmente fuzis AK 47 – uma das mais potentes e só utilizadas pelo Exército.
Na ação da madrugada desta quinta, a polícia apreendeu três fuzis AK 47.
Outra característica da quadrilha eram os assaltos
de “cara limpa”. O grupo não se importava com os mecanismos de câmeras e vídeos
e adentravam os locais de fuzis em punho e sem máscaras. “A desarticulação
desse bando influirá também nos casos de roubo a banco, que deverão diminuir
consideravelmente”, disse o superintendente estadual de Repressão ao
Narcotráfico, Tiago Bardal.
 Também participaram da
coletiva imprensa, o delegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Augusto
Barros; e o superintendente de Polícia Civil do Interior, Dicival Rodrigues.
Fuga
facilitada
John
Lennon da Silva era procurado desde o dia 5 de abril, quando foi resgatado do
Centro de Detenção Provisória (CDP), da Penitenciária de Pedrinhas, durante a
madrugada. No resgate, os suspeitos estacionaram uma caminhonete e um carro
pequeno próximo ao muro da detenção e armados com fuzis e pistolas, dispararam
contra a guarita de vigilância, ferindo um policial. Enquanto isso, outros
suspeitos pulavam o muro fazendo o resgate de John Lennon e mais três membros
da quadrilha. Sobre esse episódio o secretário Jefferson Portela afirmou que
houve facilitação e o responsável já foi identificado. “Fizemos uma
investigação minuciosa sobre esse caso, porque entendemos, à época, que algo
estava errado. Os trabalhos foram concluídos, sabemos quem é o culpado e quando
for o momento vamos apontar os fatos graves que levaram à essa omissão, ao não
impedimento desta fuga”, pontuou. O inquérito policial civil do caso prossegue,
coordenado pela Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic).

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