Sarney Filho nega na CPI que Roseana recebeu dinheiro do esquema

O deputado pelo partido
Verde do Maranhão Sarney Filho, foi à sessão de acareação entre o doleiro
Alberto Youssef e o ex-diretor Paulo Roberto Costa nesta terça-feira (25) para
defender sua irmã, a ex-governadora Roseana Sarney. O parlamentar não se
conteve e chamou de “falsa” a declaração do delator Costa que reafirmou à CPI que providenciou repasse de recursos do esquema de
corrupção da Petrobras para a campanha eleitoral de Roseana, a pedido do
ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA), e disse que, durante uma ida ao Maranhão,
ela lhe havia confirmado que recebeu os valores.
Diante das declarações, que foram
usadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) para abrir investigação
contra Roseana e o ex-ministro Edison Lobão, o deputado Sarney Filho foi à CPI
e pediu a palavra.
“É minha obrigação vir aqui repor a
verdade. Em nenhum momento a governadora confirmou qualquer tipo de coisa.
Exijo respeito pela história de vida da governadora, ao contrário da história
de vida de Paulo Roberto”, declarou o irmão da ex-governadora. Sarney
Filho não é membro da comissão, mas pode defender a peemedebista usando o tempo
regimental concedido a líderes partidários.
Costa
disse hoje na acareação com o doleiro Alberto Youssef que Roseana confirmou o
recebimento do recurso. Já o doleiro negou que tenha enviado valores para a
peemedebista. “Não entreguei nenhum valor ao (Edison) Lobão e à Roseana à
pedido do Paulo Roberto”, afirmou.
Divergências
Outra
divergência entre os delatores é sobre o pagamento de recursos para a campanha
presidencial de Dilma Rousseff em 2010 com intermediação do ex-ministro Antonio
Palocci. Costa diz que o repasse foi feito, mas o doleiro declarou que não
conhece o petista. Segundo Youssef, um novo delator vai detalhar o suposto
pedido feito por Palocci.
Pressão
O doleiro
foi questionado pelo petista Jorge Solla (BA) sobre o suposto esquema de
corrupção envolvendo Furnas e os tucanos de Minas Gerais, mais precisamente
sobre a participação do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Youssef
disse que o esquema foi relatado a ele pelo ex-deputado José Janene (PP-PR).
Sobre
repasses ao senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), o doleiro disse que a ele
coube apenas enviar o dinheiro. “Mandei dinheiro sim a Belo Horizonte, mas
não fui eu quem foi lá entregar. A mim não foi dito que era para o Anastasia.
Quem foi lá entregar foi o Jaime (de Oliveira), só ele pode dizer a quem
entregou.”

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