Venina chora e convoca novos delatores à Globo

“Foram dois contratos.
Um em 2004 e outro em 2006. Mas nós só nos casamos em 2007”, disse Venina
Velosa, ex-gerente executiva da Petrobras. Assim ela justificou o fato de ter
contratado, por R$ 7,8 milhões, seu ex-marido para a realização de serviçios de
consultoria para a Petrobras. Venina disse ainda que, após o casamento, os
contratos foram interrompidos, mas não informou quanto havia sido pago até o
enlace matrimonial.

Esta foi a principal
revelação de uma entrevista de mais de vinte minutos, concedida por Venina à
jornalista Glória Maria, e tratada como bombástica pelo programa Fantástico, da
TV Globo. O que o Fantástico pintou com crores dramáticas foi algo que não pode
ser provado: a frase dita por Venina sobre o alerta que teria feito, pessoalmente,
à atual presidente da companhia, Graça Foster, em relação a supostas
irregularidades na companhia.

De resto, apenas
repetições, como os emails enviados a Paulo Roberto Costa e Graça Foster,
publicados pelo jornal Valor Econômico nove dias atrás.

No ponto melodramático da
entrevista, Venina foi às lágrimas, quando Gloria Maria a perguntou sobre sua
família. “Eu tinha uma família. Não vi minha mãe ficar cega e meu marido
teve de retornar para poder trabalhar”, disse Venina, atribuindo o divórcio
ao fato de ter sido enviada para Cingapura. Lá, ela insinua ter sido colocada
na geladeira para não criar mais problemas para seus superiores.

No fim, Venina fez um
convite para que outros funcionários da Petrobras denunciem seus superiores.
“Estou convidando você também”, disse ela, para que os brasileiros
possam voltar a sentir orgulho da empresa.

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