Datafolha não basta para garantir o “Volta, Lula”

 
Embora a vantagem do ex-presidente Lula sobre os
adversários seja mais folgada do que a da presidente Dilma Rousseff; a situação
para o Palácio do Planalto ainda é extremamente confortável; contra os
adversários mais prováveis, Aécio Neves e Eduardo Campos, ela abre quase vinte
pontos de vantagem; movimentos dentro e fora do PT pela volta de Lula devem
esbarrar na realidade dos números, que ainda é tranquila para Dilma
Brasil 247 – A pesquisa Datafolha deste fim de semana apontou uma
realidade que, a cada levantamento, se repete: o ex-presidente Lula venceria a
disputa de 2014 com mais facilidade do que a sucessora Dilma Rousseff. Isso é
suficiente para retirar de vez das sombras do movimento “volta,
Lula”? Ao que tudo indica, a resposta é não. Aos números:

 
No cenário mais provável, com Dilma enfrentando o
tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos, a vantagem da presidente
ainda é extremamente confortável. Ela teria 47% contra 29% dos adversários (17%
de Aécio e 12% de Eduardo). Ou seja: 18 pontos de vantagem. Com Lula, a
vantagem seria maior. Ele teria 51% contra 24% dos opositores (15% de Aécio e
9% de Eduardo). Neste caso, a diferença subiria para 26 pontos.
 
Outro dado relevante da pesquisa é o enfraquecimento
de Marina Silva, cada vez menos percebida como alternativa real de poder pela
população. Ela, que chegou a ter 29%, hoje está em 23%. Somada aos 15% de Aécio
neste cenário, garantiria 38% para a oposição, contra 43% de Dilma. Se Lula
entrasse no páreo, os números seriam de 51% para ele, contra 19% de Marina e
14% de Aécio.
 
Isso mostra que, ainda que Lula tenha mais
“gordura”, a situação de Dilma ainda é extremamente confortável e não
há nenhum alerta no Planalto ou no PT, por mais que alguns grupos tenham
preferência pelo ex-presidente e estejam agindo nos bastidores. Além disso,
promover uma substituição, que seria traumática, a esta altura do campeonato,
pode trazer efeitos colaterais e colocar em risco uma reeleição que, hoje,
parece tranquila. Até porque o Datafolha revela que a população deseja mudança,
mas, de preferência, com Dilma.
 

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