Raimundo Cutrim cai em contradição durante discurso na AL

Blog Gilberto Léda

O deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD) caiu em grave contradição hoje
(25) ao reagir, mais uma vez, contra a menção do seu nome em fatos relacionados
ao assassinato do jornalista Décio Sá e à agiotagem no Maranhão.
Em vários pontos de um inflamado discurso na Assembleia Legislativa, ele
disse ser amigo de Júnior Bolinha – um dos acusados como mandante do crime. Mas
ponderou que isso não significa que ele tenha sido conivente com qualquer ato
ilícito.
“Eu conheci Bolinha, eu nunca neguei, o Cutrim não vai querer… se tu
pratica um crime continua sendo meu amigo, eu não vou botar é panos quentes.
[…] A pessoa não pode se aconselhar com um amigo, é criminoso?
[…] Fiquem certos de que qualquer amigo meu continua sendo, embora
bandido, mas eu não posso é ser conivente, mas amizade a gente conquista,
amizade não se impõe”, disse, em trechos distintos do pronunciamento.
Mas o titular do blog tomou o cuidado de pesquisar nos arquivos e
encontrou também um trecho de entrevista do mesmo Cutrim, em junho do ano passado,
quando da primeira aparição do seu nome como suposto mandante do assassinato.
Disse ele à época: “Estou à disposição da Justiça, do Ministério
Público e da Polícia. Se precisar quebro meu sigilo telefônico dos últimos dez
anos e meu sigilo bancário está à disposição. Eu conheci o Bolinha no final do
ano passado e aluguei umas máquinas dele e, após isso, o relacionamento
continuou, mas profissional”.
Como um relacionamento que era meramente profissional em junho do ano
passado, virou de amizade em abril deste ano?
O blog está à disposição para os esclarecimentos do parlamentar. Mas sem
insultos à imprensa, por favor.
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *