Guerreiro Junior estaria impedindo a polícia de investigar Raimundo Cutrim

De acordo com depoimento do assassino de Décio, deputado está por trás dos crimes encomendados pela quadrilha de
agiotas

Deputado é citado em depoimento do pistoleiro
que assassinou o jornalista, Décio Sá
As investigações que apuram a morte do jornalista Décio Sá, executado a
tiros há um ano, em um bar da Avenida Litorânea, em São Luís, além de trazer a tona esquema de
agiotagem no Maranhão, mostrou que a quadrilha possuía fortes laços com o
deputado estadual Raimundo Cutrim.

No primeiro depoimento que prestou à polícia, Jhonatan de Sousa Silva, citou
o nome de Raimundo Cutrim, ex-secretário de Segurança Pública do Maranhão. Segundo o
pistoleiro, o deputado estaria por trás dos crimes encomendados pela quadrilha
de agiotas.

O nome dele também aparece em conversas entre integrantes do grupo de
agiotas. Numa das conversas, um membro da organização criminosa, Fábio Aurélio
do Lago e Silva, o “Buchecha”,
conversa com uma pessoa não identificada. Ele diz que um outro integrante do
grupo, Junior Bolinha, teria se livrado de uma armadilha, feita por Gláucio
Alencar, por causa de uma intervenção do deputado.

A conversa se refere a um encontro que houve no escritório de um advogado
acusado de fazer parte da quadrilha. De acordo com a polícia, houve uma
discussão entre Gláucio Alencar e Junior Bolinha, apontados como mandante e
contratante do pistoleiro para matar Fábio Brasil e Décio Sá.

Bolinha teria ido pedir mais dinheiro para Gláucio, que contratou os
serviços. Por sua vez, Glaucio se recusou e chamou dois policiais que davam
proteção à quadrilha para expulsar júnior bolinha do escritório. Bolinha então
teria ligado para o deputado para amenizar a situação.

Em entrevista ao jornal 2ª edição da Mirante, o deputado Raimundo Cutrim
se defende. “Eu
nunca me envolvi com agiotas, não sei quase nada sobre os integrantes desse
grupo
”. Na época, o deputado falou que não tinha contato com Gláucio
há uns seis meses.

A polícia diz que não conseguiu avançar nas investigações sobre o suposto
envolvimento de Raimundo Cutrim, no esquema de agiotagem, porque para
investigar o parlamentar depende de autorização da presidência do TJMA, o desembargador
Guerreiro Júnior,  nunca liberou.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *