Deputados discutem sobre terceirização da saúde no Maranhão

Agência Assembleia

 
Os deputados Hélio Soares (PP),   e Marcelo Tavares (PSB), Eliziane Gama (PPS), travaram um debate em plenário, na sessão desta
segunda-feira (25), sobre a terceirização da saúde no Maranhão.
A deputada Eliziane Gama, preocupada com problemas
denunciados por vereadores do município de Barra do Corda, sugeriu que a
Assembleia Legislativa realize uma audiência pública para aprofundar o debate
sobre a questão.
“A temática da terceirização é hoje muito grave em
todo o Estado, e não somente em relação ao Governo Estado, mas também em
relação à política dos municípios. A gente precisa lembrar que um dos
princípios da saúde é que ela precisa ser plena e, portanto, pública de
qualidade como preconizam os parâmetros do Sistema Único de Saúde”, declarou
Eliziane Gama.
O deputado Hélio Soares discordou da deputada
Eliziane Gama, dizendo que em alguns municípios os problemas estão ocorrendo em
razão de a terceirização ter acontecido, em boa parte, com algumas famigeradas
fundações e institutos.
“Mas aqui em São Luís as UPAs funcionam direitinho,
há um acompanhamento melhor. Aliás, eu faço parte da Comissão de Saúde agora e
nós vamos averiguar qual o prefeito que está com medo de enfrentar a realidade
da saúde, que não é bicho de sete cabeças administrar o dinheiro com
responsabilidade e com carinho, pois dessa maneira vai dar para atender e
minimizar esse constrangimento de uma criança morrer por falta de atendimento,
por falta de soro ou por falta de uma assistência adequada”, afirmou Hélio Soares.
O deputado Marcelo Tavares lembrou que o modelo de
terceirização foi introduzido no Maranhão pela governadora Roseana Sarney. “Foi
a governadora que, primeiro contratou a Fundação Josué Montello lá atrás nos
idos de 90, e hoje a Saúde do Maranhão está entregue a OSIPs, que são
Organizações Sociais e outras denominações”, assinalou Tavares.
Ele acrescentou que, somente no ano de 2012, o
Governo do Maranhão pagou a duas entidades destas quase R$ 700 milhões. “Posso
dizer: uma delas foi o Instituto de Cidadania e Natureza e a oura foi a
Associação Bem Viver para a Região Tocantina ou alguma coisa assim. São R$ 700 milhões. Quase R$
700 milhões”, ressaltou Marcelo Tavares.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *