Após estupro, policiais intensificam fiscalização do transporte clandestino

A
Superintendência de Polícia da Capital vai apertar o cerco contra os motoristas
que fazem transporte de maneira irregular em São Luís. A informação foi
confirmada pelo delegado Sebastião Uchoa ao ser informado de um possível
estupro cometido por um motorista de um dos veículos que faz o transporte de
passageiros na área Itaqui-Bacanga. A vítima, uma estudante, registrou
ocorrência, na noite da última sexta-feira (23), no plantão Central da RFFSA.
De
acordo com Sebastião Uchoa, a polícia já está tomando providências para que o
caso seja investigado imediatamente e que o acusado seja preso. “Vamos
identificar a vítima para que a mesma possa repassar mais detalhes sobre o
acontecido para prendermos de imediato quem cometeu este crime”, afirmou
Sebastião Uchoa.
Segundo
informações do boletim de ocorrência no Plantão da RFFSA, a estudante reside no
Anjo da Guarda. Em seu depoimento ela informou ao delegado de plantão que havia
saído da escola onde estuda localizada na Vila Maranhão, e se dirigiu a um
ponto de ônibus na BR-135, quando minutos depois um carro de cor cinza que faz
lotação parou, dentro do veiculo havia dois estudantes da sua escola que a
chamaram para ir com eles para casa.
A
jovem informou ainda que os dois colegas de escola saltaram do carro antes de
chegarem no Anjo da Guarda, e ela seguiu com o motorista que,momentos depois,
parou em lugar deserto e a estuprou. Após o crime, a estudante teria sido
deixada em frente à estação da Vale, ela não soube informar a placa do carro e
nem se conhecia o estuprador, só informou que ele era moreno e forte,
aparentando de 25 a 30 anos.
FALTA
DE FISCALIZAÇÃO
O
presidente do Sindicato dos Taxistas de São Luís, José Antonio Pereira, disse que
vai solicitar hoje uma audiência com o secretário de segurança pública Aluísio
Mendes para que se faça mais uma frente contra o transporte irregular de
passageiro. Antonio Pereira informou que aproximadamente 800 táxis rodam São
Luís. Segundo ele, isso corresponde a 40% da frota. Antonio acrescentou ainda,
que a falta de fiscalização têm colaborado para a proliferação dos
“piratas”.
O
presidente do Sindicato dos Taxistas alertou que essa atividade clandestina
continua na cidade pela falta de fiscalização por parte da Secretaria Municipal
de Trânsito e Transporte (SMTT), e que estes carros de lotação cobram cerca de
R$ 2 por pessoa em suas corridas, um valor bem abaixo da tabela oficial.
“Já temos registro de outras ocorrências deste tipo, alem da RFFSA, na
Delegacia da Cidade Operária e Anjo da Guarda. O sindicato recebe telefonema de
pessoas dizendo que esqueceram objetos e documentos dentro destes veículos que
não tem identificação. Desde 2006 trabalhamos em cima desta queixa junto aos
órgãos de fiscalização e representantes da Secretaria de Segurança. Pública. Em
2008, fizemos uma pressão e todos os comandos da cidade repreenderam o serviço
de transporte de passageiro clandestino, mas com o tempo a fiscalização
diminuiu e eles voltaram a praticar esta irregularidade”, explicou Antonio
Pereira.

Em São Luís existem, atualmente, 1.200 taxistas devidamente licenciados para a
função, distribuídos em 236 postos espalhados pela capital maranhense.

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