MPF pede o arquivamento de investigação sobre Lula

Dirceu e Lula: ex-ministro é apontado como chefe da quadrilha do Mensalão
Foto por: Reprodução
O
procedimento que investigava se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
tentou interferir no andamento do
julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser arquivado. O
pedido de baixa partiu do Ministério Público Federal no Distrito Federal
(MPF/DF), responsável pelo caso desde maio.

O
procedimento de investigação criminal foi aberto depois que parlamentares da
oposição entraram com pedido de notícia-crime no Ministério Público pelo fato
de o ministro Gilmar Mendes, do STF, ter divulgado que Lula o procurou para
tentar adiar o início do julgamento do mensalão. Na época, Mendes alegou ter
tido encontro com o ex-presidente e disse ter considerado o pedido uma
intimidação.

Os
parlamentares justificaram, no pedido, que o caso merecia apuração mais
aprofundada do Ministério Público porque havia indícios de coação no curso do processo,
tráfico de influência e corrupção ativa. Ao apurar o caso, no entanto, o MPF
entendeu que as acusações não estavam respaldadas por provas.

Segundo
o MPF, houve dois pedidos de
informação ao ministro Gilmar Mendes, que ficaram sem resposta, restando ao
órgão analisar as declarações que o magistrado deu à imprensa na época dos
fatos. “Nas declarações dadas pelo ministro, o Ministério Público não detectou
um pedido específico de Lula no sentido de ver adiado o julgamento do
mensalão”, destacou o órgão.

O MPF
ainda informa que a ausência de culpa do ex-presidente foi respaldada em
depoimento do ex-ministro do STF Nelson Jobim, que emprestou seu escritório para
o encontro entre Lula e Gilmar Mendes. Jobim assegurou que ouviu toda a
conversa e que, “em nenhum momento, o ex-presidente solicitou ou sugeriu ao
ministro Gilmar que atuasse no sentido de obter o adiamento do julgamento do
mensalão”.

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