VERGONHA: águas e areia das praias de São Luís estão contaminadas

Ao saberem da contaminação, turistas estrangeiros
afirmam, em rede nacional, que nunca mais retornarão a São Luís
O turismo em São Luís é decadente e não é para menos. A cidade faz 400
anos e tudo o que tem a mostrar é o descuido e a incompetência do governo com
uma cidade privilegiada pela natureza e pela sua história. Aliás, no mundo
inteiro não há um estado que reúna tantas belezas – naturais e arquitetônicas –
 e tanto desmazelo, como o nosso querido
Maranhão.

A capital, São Luís, tem 32 quilômetros de praias impróprias para banho,
em virtude da alta concentração de bactérias das fezes humanas. O limite
aceitável é de 800 bactérias para cada 100 ml de água. Mas em alguns pontos,
perto de onde o esgoto é jogado direto no mar, o nível chega a 120 mil
bactérias por cada 100 ml.

Uma reportagem apresentada na semana
passada no Bom Dia Brasil, da Rede Globo, mostrou um grupo de canadenses
tranquilos na praia. Mas quando ficaram sabendo, disseram que não iam voltar
mais e que era muito triste. E mais triste ainda e irritado ficou o “turistinha”,
quando a mãe mandou todo mundo sair da água e voltar para o hotel.

Uma vergonha para os ludovicenses. E,
penso eu, uma vergonha para este governo de “meia-tigela”.

Não é de hoje que se alerta sobre a poluição das praias da capital
maranhense, mas, ao que parece, o governo está tão preocupado em falar mal da
administração alheia, que deixa de fazer o seu trabalho. Quanto as consequências
disso? Estão escancaradas para quem quiser ver: pessoas com doenças de pele, o
turismo, que seria uma fonte de renda promissora, é um fracasso, os poucos
turistas saem falando mal da cidade, etc.

No entanto, a época em que a melhor proposta política era a que apontasse
o adversário mais “sujo”, politicamente, está acabando, e quem não tem competência
para arregaçar as mangas e mostrar serviço, que peça para sair. Porque o nosso
principal não são as praias poluídas, essas são apenas consequências do câncer político
que se instalou neste estado, e que se tem que vencer se quisermos um lugar
melhor para viver, e voltar a ter orgulho.

O maranhense ainda está acomodado, mas está no sangue, na sua história, é
um povo que vai a luta e não vai morrer na praia.

                          

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