UFC: se alguém morrer, Globo não tem nada com isso

No
próximo domingo, 25, tem início na Globo o The Ultimate Fighter – Em busca de
campeões, reality show de UFC que inicia com 32 participantes. E por eles, a
Globo não se responsabiliza. É o que dizem cláusulas dos contratos do UFC e do
reality, aos quais a Folha de S.Paulo teve acesso.
Mesmo se algum participante
morrer em combate, por exemplo, a emissora tem o direito de romper o contrato,
sem multa, isentando-se de qualquer relação com os lutadores.

A atração
recebeu cerca de 500 inscrições, mas apenas 32 foram selecionados, dos quais
metade já será eliminada logo no primeiro episódio. Apenas 16 lutadores,
portanto, seguirão para a casa do programa, e os dois campeões de cada
categoria, um do peso-pena e um do peso-médio, assinarão contratos com o
Ultimate. As equipes serão treinadas pelos brasileiros Vitor Belfort e
Wanderlei Silva, que se enfrentarão no final.

A compra
de direitos para exibição do MMA (artes marciais mistas) pela Globo dividiu
opiniões dentro da emissora. Certamente por causa da violência dos combates,
motivo de uma série de críticas contra a TV, que se diz detentora de uma
programação dedicada à família brasileira. Em dezembro passado, o jovem
americano Jeff Dunbar, de apenas 20 anos, saiu tetraplégico de uma luta, em
Chicago. No mesmo mês, o brasileiro Rodrigo Minotauro fraturou seu braço no UFC
140, que aconteceu em Toronto, no Canadá, enquanto lutava contra o americano
Frank Mir.

Nos
Estados Unidos, o reality é uma das atrações de maior sucesso no meio esportivo
e foi um dos maiores responsáveis por popularizar o esporte no país. Na seleção do programa no Brasil, em um dos momentos de
treinamento, o instrutor diz aos participantes: “Obrigado a todos por
participarem, vocês terão 90 segundos. Animem-se, mostrem o que vocês podem
fazer, mas não se machuquem”. Afinal, UFC, morte e Globo: nada a ver.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *