Caxias: Cleide Coutinho diz que Governo, quer construir hospital em terreno penhorado

Terreno onde seria construído o
hospital, que foi comprado por R$ 32 mil pelo antigo proprietário e vendido ao
governo do Estado por R$ 3 milhões
Em pronunciamento na tribuna da Assembleia
Legislativa, a deputada Cleide Coutinho (PSB), cobrou esclarecimentos acerca da
construção de um hospital no município de Caxias, localizado na região dos
Cocais, prometido à população pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de
Estado de Saúde (SES).

Para Cleide, a notícia foi motivo de alegria para
os caxienses, mas causou inquietação. A deputada constatou — por meio de uma
Certidão de Interior Teor emitida pelo Cartório, datada de 15 de março deste
ano — que o terreno onde seria construído o hospital, que foi comprado por R$
32 mil pelo antigo proprietário e vendido ao governo do Estado por R$ 3
milhões, pela Soeduca, que tem como presidente a ex-deputada Márcia Marinho,
este terreno está penhorado pela Justiça Federal.

Segundo Cleide, até hoje o referido terreno ainda
se encontra em nome da empresa Soeduca, cuja presidente é como já foi dito, a
esposa do ex-deputado cassado de Caxias, Paulo Marinho, a ex-deputada estadual
Márcia Marinho.

APENAS PROMESSA

Cleide lembra que durante audiência pública na
Assembleia Legislativa, realizada no dia 20 de setembro de 2011, questionou o
próprio secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, sobre o valor exorbitante
pago pelo imóvel e do fato do terreno ainda estar registrado em nome da
Soeduca, pertencente à Márcia Marinho.

Munida de dados do setor de Taquigrafia da
Assembleia, Cleide relatou que Ricardo Murad declarou: “Aguardo pronunciamento
da Seplan sobre o terreno. A desapropriação foi feita pela Seplan e a avaliação
pela Caixa Econômica Federal, que repassou o dinheiro. Não vejo como o Estado
possa ter problemas com esse terreno”.

De acordo com Cleide, Ricardo Murad declarou,
também, que “estranha-me a condição desse bem ainda não estar no nome do
Estado, porque a desapropriação é um ato de império, de força, e não depende da
vontade de terceiros”.

A deputada registra que o secretário Ricardo Murad
declarou, ainda, que “acionaria o Estado para providenciar a documentação
legal, ir ao cartório e registrar o terreno em nome do patrimônio do governo do
Estado. Vou alertar o secretário de Planejamento sobre essa informação. Vou
resolver a questão”.

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