Sarney sai em defesa de Palocci e diz, “Ele fez o que todos já fizeram”





Quem saiu em defesa do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, nesta quarta-feira (18) foi presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ao afirmar que as atividades empresariais dele não caracterizariam irregularidades. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, Palocci ampliou seu patrimônio em 20 vezes com atividades de consultoria. Para Sarney, o ministro fez o que “todos já fizeram” quando deixaram funções públicas no governo.



“Não há problema nenhum em ter exercido essas atividades de consultorias. O ministro Palocci é um homem competente e não está fazendo nada mais do que os outros todos já fizeram quando deixaram funções públicas. A função pública desaparece, mas ele não deixa de ser o grande conhecedor da sua área”, afirmou Sarney.
Na edição deste domingo o jornal “Folha de S.Paulo”, informou que Palocci ampliou o patrimônio em 20 vezes entre 2006 e 2010, período em que exerceu mandato de deputado federal. De acordo com o jornal, Palocci comprou um apartamento de luxo no bairro dos Jardins, em São Paulo, por R$ 6,6 milhões, registrado em novembro de 2010 em nome da empresa de consultoria Projeto, da qual o ministro possui 99,9% do capital.
Para Sarney, essa passagem pelo Ministério da Fazenda foi o que garantiu a Palocci uma “soma de experiências” utilizada depois na iniciativa privada.
“Acho que o ministro Palocci, como tem sido corrente no Brasil com todos aqueles que têm exercido cargos públicos na área econômica, adquiriu uma soma de experiências e depois dessa soma de experiência teve uma atividade na iniciativa privada. O ministro Palocci não fez mais do que isso. É um homem extremamente competente, é um grande expositor, adquiriu grande visibilidade e é convidado para fazer palestras, conferências, participar de seminários.”
A decisão do ministro-chefe da Casa Civil de não divulgar as atividades de consultoria que prestou e a lista de clientes de sua empresa, na avaliação de Sarney, é uma questão “particular” de Palocci e cabe ao ministro optar pelo sigilo de suas ações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *