Sem partido, Marina terá convite para vice de Aécio

do Brasil 247













Faltam exatos sete dias para que o Brasil saiba se o
partido que a ex-senadora Marina Silva pretende criar, o Rede Sustentabilidade,
sairá ou não do papel. As perspectivas, no entanto, não parecem nada positivas.
Segundo o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, ele não fará
“nenhuma concessão” para que o partido seja criado fora dos
parâmetros legais. De acordo com um parecer produzido por ele, Marina comprovou
pouco mais de 100 mil das 492 mil assinaturas exigidas.

Nos tribunais superiores, não há muita boa vontade
para providenciar um “jeitinho”. “Coloque o dedo na ferida: sem
as assinaturas é uma esperança vã”, disse o ministro Marco Aurélio Mello.
Marina apelou para artistas, como Marcos Palmeira e Adriana Calcanhotto, que
postaram vídeos no YouTube, mas a ministra Carmen Lúcia afirmou que isso não
mudará a posição do Tribunal Superior Eleitoral, presidido por ela.

Portanto, a tendência concreta é a de que Marina não
consiga êxito na criação da Rede – o que não terá sido por falta de tempo, nem
de recursos, uma vez que sua candidatura é apoiada por bilionários, como
Guilherme Leal, da Natura, e Neca Setúbal, do Itaú.

Nesse quadro, o que fazer então com seu patrimônio
eleitoral, de 16% dos votos, segundo o Ibope? Um partido nanico, o PEN,
ofereceu a Marina uma proposta inusitada. Trocaria seu nome para
“Rede”, caso ela aceitasse disputar a presidência pelo partido. Ela
ainda teria opções como o PPS e o PV, mas sem o controle da máquina partidária.

Nesse cenário de indefinições e incertezas, Marina
será tentada com uma nova oferta: a de ser vice do senador Aécio Neves
(PSDB-MG). Os tucanos pretendem tratar o não registro do Rede como uma
violência do PT contra Marina. Em seguida, abrirão as portas do partido. Ontem,
Aécio afirmou que o Brasil “merece ter uma alternativa como Marina”.
Neste sábado, na coluna de Sônia Racy, no Estado de S. Paulo, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso diz que a ex-senador é uma “liderança
moral” do País.

Depois de 5 de outubro, após a decisão provavelmente
contrária do TSE à Rede, o assédio tucano a Marina será pesado. Com apoio de
vários colunistas e grandes meios de comunicação.

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