Desembargador nega habeas corpus para acusado de matar bandido de alta periculosidade na avenida Litorânea

Melo entendeu ser necessária a manutenção do preso
O desembargador Raimundo Melo (foto) negou na terça-feira (5) negou na
terça-feira (5) liminar em habeas corpus ao preso Edmilson de Jesus dos Santos,
acusado de ser um dos autores do homicídio de Marcos Paulo das Neves Gaspar, vulgo
“Rato 8” – crime ocorrido em 15 de abril, na Avenida Litorânea.

O habeas corpus foi ajuizado no TJMA contra decisão do juízo da 2ª Vara
Criminal de São Luís, que, a pedido da Policia Civil e com concordância do
Ministério Público Estadual, determinou a prisão temporária de Edmilson Santos.

No pedido, a defesa alegou que o acusado estaria recebendo constrangimento
ilegal da Justiça de 1º Grau. Para justificar a falta de requisitos para
mantê-lo preso, afirmou ser ele réu primário, ter residência e emprego fixo.

O habeas corpus foi ajuizado no plantão judicial. O magistrado
plantonista deferiu liminar para soltura do preso. Após distribuição os autos
foram encaminhados ao desembargador Raimundo Melo. Ao reanalisar a decisão, o
magistrado entendeu, por cautela, revogá-la e determinou que fosse expedido
novo mandado de prisão em desfavor do acusado.

O desembargador Melo entendeu ser necessária a manutenção da prisão de
Edmilson, em razão da garantia da ordem pública, por conveniência da instrução
criminal e para assegurar a aplicação da lei penal. Cópia do novo mandado de
prisão foi enviada à Secretaria de Segurança Pública do Estado para cumprimento.

CRIME

Conhecido como ‘Rato 8’, foi assassinado a tiros, na manhã do
dia 18  no calçadão da Praça dos
Pescadores, na Avenida Litorânea. De acordo com informações da polícia, três
homens teriam praticado o crime, de dentro de um veículo de cor preta.

Em outubro de 2011, o Sindicato dos
Policiais Civis do Estado do Maranhão (Sinpol) protestou contra a Secretaria de
Segurança Pública do Estado, que atendendo determinação do Programa de Proteção
a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), determinou escolta e proteção de
‘Rato 8’. Segundo a polícia, o apelido dele era pelo fato que, quando tinha
apenas 17 anos, ele já teria matado oito pessoas.

‘Rato 8’ denunciou a movimentos de
Direitos Humanos que estaria sendo jurado de morte, por policiais do Serviço de
Inteligência da Polícia Militar. Na época, o presidente do Sinpol, Amon Jessen,
protestou, dizendo que os policiais não deveriam atender a determinação que
partiu do Provita e de organismos que defendem os direitos humanos. Para ele, o
papel da polícia é proteger as pessoas de bem. De acordo, com ele ‘Rato 8’ era
um bandido perigoso.

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