Dutra defende que instituições que atuam no desenvolvimento, considere o Maranhão como Nordeste e ajude a tirar o estado da pobreza

 O
presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado
federal Domingos Dutra (PT-MA) solicitou das instituições que atuam no
desenvolvimento da região nordeste,  como a Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste (Sudene), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e
do Parnaíba (Codevasf)e o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs)
que considerem o Maranhão também estado do Nordeste e ajudar a tirar o estado
dessa situação de pobreza.

A
declaração foi feita durante a reunião da Bancada do Nordeste na Câmara, nesta quarta-feira 13, com os
novo superintendente da Sudene, Luiz Gonzaga Paes Landim, e o novo presidente
da Codevasf, Elmo Vaz, que apresentaram o Plano de Ação dos órgãos 2012-2013.

AGRICULTURA
DO TOCO – “Fiz essa colocação porque o DNOCS, Sudene e Codevasf não consideram
o Maranhão como Nordeste. Como o estado fica no Meio Norte, acaba não sendo nem
Nordeste, nem Norte. O resultado é que o estado é abandonado, colocado no rabo da
fila nas decisões e ações dos órgãos regionais e das políticas nacionais e é
transformado no estado mais pobres do Brasil”, reclamou o parlamentar
maranhense.

Domingos
Dutra citou, como exemplo da situação de pobreza que reina no estado, algumas
práticas da agricultura familiar. “No estado do Maranhão 100% ainda é da
agricultura do toco, o pequeno agricultor não tem irrigação, são roças
tradicionais, feitas no braço, com instrumentos rudimentais como machado,
foice, cavador e facão, e ainda catam o arroz ou com algo no dedo enrolado,
cortando cacho por cacho, ou então usando o cado da colher velha que quebrou,
amola numa pedra para cortar os cachos. Desse jeito não se sai da miséria”.

PROJETOS
DE IRRIGAÇÃO ABANDONADOS – Com relação à questão da agricultura irrigada – um
dos temas colocado na reunião da Bancada do Nordeste – o deputado lembrou que
existem três projetos irrigação no Maranhão, que há mais de três décadas estão
abandonados: o Projeto Hidroagrícola de São Bernardo, no município de Magalhães
de Almeida; o Projeto Salangô, em São Mateus, e o projeto Dibom, no município
de Palmeirândia/fronteira com Pinheiro.

“São
projetos que eram para está produzindo legumes, frutas e gerando renda, e lá só
tem calango, tiririca, fedegoso e muita fome”, denunciou.

REUNIÃO
COM A CODEVASF – O deputado Domingos Dutra também solicitou ao novo presidente
da Codevasf, Elmo Vaz, uma reunião com a Bancada do Maranhão.

“Queremos
discutir projetos referentes ao nosso estado, que são muitos. Tem uma parte no
Maranhão que é atingido pela seca. Mas para ir uma só cisterna para estado é a
maior luta, porque já transmitiram a ideia que o Maranhão não tem seca, é um
estado verde, tem muita água. É verdade, mas tem um também um quadro triste e
preocupante de pobreza e muita gente ainda sem água”, argumentou o parlamentar
maranhense.

(Política Real)

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