“O governo perdeu o controle do estado”, diz Cutrim sobre clima de insegurança

Raimundo Cutrim
“O governo não está conseguindo garantir a integridade
física nem para os que estão sob sua custódia, dentro dos presídios, como vai
garantir segurança para os cidadãos que estão nas ruas? O governo perdeu o
controle do estado”, foram com essas declarações que o deputado Raimundo Cutrim
(PCdoB), ex-secretário de Segurança do Maranhão, analisou a sensação de
insegurança que demonstrou muita força durante toda a quinta (10).

Fragilidades nas estratégias e na gestão da Segurança
Pública no Maranhão foram apontadas como as principais causas do descontrole do
sistema penitenciário do Maranhão e do clima de insegurança em que tem vivido a
população do estado. Na capital, cresceu o registro de arrastões, assaltos,
homicídios e outras modalidades de crime.

Em entrevista ao Portal Vermelho, o deputado do PCdoB
afirmou que falta credibilidade ao governo do estado na condução da Segurança
Pública e que hoje o que existe é “um desmando total e ausência de comando” nas
pastas responsáveis por cuidar da Segurança Pública no Maranhão.

“Estamos num verdadeiro mar de sangue. Somente este
ano já presenciamos aproximadamente 50 mortes dentro da penitenciária. O que
estamos assistindo é que o crime organizado voltou com força e o governo não
está sabendo como agir”, opinou.

Segundo Cutrim, em 1997, quando assumiu o comando da
segurança no estado, a situação era muito difícil e o crime organizado estava
enraizado no Maranhão. “Nós conseguimos sair em 2000 deixando o Maranhão como o
estado com menor índice de violência, em 2005 ficou com o terceiro lugar neste
ranking”, finalizou o deputado.

Aumento de homicídios

A grande incidência de homicídios tem preocupado a
população de São Luís e de todo o Maranhão. O reflexo disso é que, no último
mês (setembro), somente a região metropolitana registrou 93 homicídios e,
segundo o deputado Raimundo Cutrim, a situação piora quando são incluídos os
homicídios das outras 213 cidades maranhenses.

Cutrim lembrou ainda que outros fatores que demonstram
o aumento progressivo da violência e não podem ser contabilizados geram clima
de insegurança no estado inteiro, incluindo outras modalidades de violência.

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