Enquanto o Maranhão é tomado por onda de violência, Roseana prefere o silêncio

Ucho. Info

Fora de controle – Quando o ucho.info afirma que José
Sarney e sua horda instalaram no Maranhão a versão brasileira do Apartheid, o
clã comandado pelo caudilho revolta-se porque finge desconhecer a dura
realidade imposta à população do mais pobre estado da federação.

A noite de quarta-feira (9) foi mais uma prova do
descaso com que a família Sarney comanda o Maranhão, transformado em capitania
hereditária de um grupelho que gravita na órbita do senador que há cinco
décadas está no poder, fazendo da política uma cornucópia sem fim. Uma rebelião
no complexo prisional de Pedrinhas, na região de São Luís, deixou pelo menos 9
mortos e 20 feridos. A informação inicial dava conta de 13 mortos e 30 feridos.

O motim resultou de briga entre integrantes de facções
criminosas distintas, mas os efeitos do confronto se alastraram pela capital
maranhense. Com a notícia do incidente e das mortes, sete ônibus foram
incendiados em São Luís por marginais que integram as facções que operam a
partir dos presídios. Fora isso, uma onda de roubos e assaltos se instalou
cidade, levando pânico à população local.

Roseana Sarney, que do pai herdou o DNA do caudilhismo
e da incompetência, não se pronunciou sobre o fato e continua devendo uma
explicação convincente ao povo maranhense. Mais do que isso, Roseana precisa
começar a governar de fato, porque até agora o máximo que ela conseguiu foi
contratar Duda Mendonça com o suado dinheiro público para maquiar sua conhecida
inoperância como governante.

Filha do “dono” do estado, Roseana não se preocupa com
o calvário enfrentado pela população maranhense. Quando a questão é saúde, a
governadora e todos os seus familiares fazem do aeroporto de São Luís a
recepção avançada dos mais caros e concorridos hospitais do País: Sírio-Libanês
e Albert Einstein, em São Paulo. O mesmo acontece em relação a médicos, pois a
família do coronel Sarney recorre aos melhores profissionais, quase todos
sediados na capital paulista.

No que tange à segurança pública, a governadora também
não se incomoda com a onda de criminalidade que varre o estado, porque a
extensa maioria dos seus deslocamentos e feita a bordo de helicóptero, que por
questões óbvias é custeado com o minguado dinheiro da população maranhense.
Fosse pouco, o Maranhão, que a cada novo dia que surge confirma o status de
reduto da marginalidade, tem o menor efetivo policial do País. Mas não há com o
que se preocupar, pois a “famiglia” conta com seguranças do Estado e José
Sarney usa um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para suas idas e
vindas na terra do arroz de cuxá.

No quesito da alimentação, o clã pouco se importa com
a miséria que devora diuturnamente o Maranhão. Acostumados com os nababescos
regabofes custeados pelo poder, a “famiglia” só senta-se à mesa para deglutir o
que de mais fino e caro há no mercado. Prova disso foi a festa de casamento da
filha de Fernando Sarney, um verdadeiro oásis de riqueza e desperdício em meio
à pobreza e à miséria. Fosse pouco, Roseana promove regularmente licitações
para a compra de alimentos finos para matar a sua fome e a de seus aduladores.

O melhor e mais lógico seria Roseana Sarney renunciar
ao cargo de governadora, mas isso é sonho de uma noite de verão em terra onde
reina a tirania. Roseana deveria reconhecer a falência do seu governo e
decretar estado de emergência na segurança pública maranhense, não sem antes
telefonar ao Palácio do Planalto e pedir o envio de tropas federais. Mas essa
atitude exige coragem e desprendimento, ingredientes que não constam do
cardápio da “famiglia” Sarney, que pelo modus operandi já faz inveja aos
herdeiros de Al Capone.

 

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