Prefeitura inicia novas turmas do curso de Soroban

A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria de
Educação (Semed), deu início nesta terça-feira (19) ao curso de capacitação em
Soroban. As aulas são voltadas para a formação de professores e membros da
comunidade que trabalham com pessoas com deficiência visual e auditiva, ou
aquelas que sentem a necessidade de ampliar sua formação para também trabalhar
com a área da Educação Especial.

Os cursos seguem a política de promoção da inclusão
social determinada pelo prefeito Edivaldo. “Com estes cursos, os nossos
docentes estarão habilitados a lidar com os estudantes cegos, e mais: estarão
aptos a possibilitar também para esses estudantes um maior grau de
aprendizado”, explicou o secretário municipal de Educação, Geraldo Castro.

As aulas ocorrem às terças e quintas-feiras nas
instalações da Escola de Cegos do Maranhão, no Bequimão, sendo uma turma pela
manhã, das 8h30 às 11h30, e outra pela tarde, das 14h às 17h. No total, são 120
horas/aula. As formações em Soroban recebem semestralmente uma faixa de 40
pessoas, sendo 20 por turma.

Segundo a superintendente da Área de Educação
Especial da Semed, Dalvina Amorim Ayres, desde que a Prefeitura de São Luís passou
a oferecer a formação, no segundo semestre de 2011, já foram capacitados cerca
de 250 profissionais. Os alunos que entraram no mês de agosto encerrarão o
curso no mês de dezembro.

Teresa Santos, professora do Ensino Fundamental na
Unidade de Educação Básica (U.E.B.) São Raimundo, conta que seu interesse por
cursos na área de Educação Especial surgiu há alguns anos em função dos alunos
que chegaram a sua sala de aula. “No começo foi difícil, mas busquei apoio da
Secretaria de Educação, que disponibilizou atendimento especializado. Então,
passei a perceber a importância de uma formação como essa para todo e qualquer
educador”, ressaltou.

A assistente social Edilane Santos Carvalho, recém
formada, busca novos horizontes profissionais e está participando do curso.
“Não sei quem vai ser meu cliente amanhã. Portanto, tenho que estar preparada
para atender o mercado de trabalho, cada dia mais exigente”, declarou, dizendo
que sabe muito bem das dificuldades que as pessoas com deficiência encontram
para se sentirem incluídas, motivo pelo qual já fez os cursos de Braile e
Libras, e agora está fazendo o de Soroban.

Ana Márcia Costa Muniz é professora de uma escola da
rede particular e também decidiu fazer o curso para se especializar na área da
Educação Especial. “Nunca tive um aluno com deficiência, mas sei que um dia
posso receber um em sala de aula”, disse, informando que também já fez Libras e
Braile. “Nós, professores, temos que estar sempre nos reciclando, nos
qualificando, para melhor atender a comunidade”, comentou.

SOROBAN

O Soroban é um instrumento utilizado para cálculos
matemáticos e, apesar de ter sua origem ligada aos japoneses, foi criado na
China e levado ao Japão no século XVII. Técnicas aperfeiçoadas permitem que o
Soroban seja utilizado para cálculos complexos de adição, subtração,
multiplicação, divisão e raiz quadrada. O uso do Soroban permite que as pessoas
desenvolvam habilidades mentais relacionadas ao raciocínio matemático e à
concentração, como memorização de informações, principalmente números,
visualização e criatividade, observação, pensamento rápido e cálculo mental.

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