“Da Marina, quero distância”, diz coordenador da campanha de Campos

Estadão

Carlos Siqueira (à esquerda) era coordenador
da campanha de Campos à presidência
O
secretário-geral do PSB e coordenador da campanha de Eduardo Campos à Presidência da República, Carlos
Siqueira, anunciou seu desligamento da função nesta quinta-feira (21). A indicação de Marina Silva para liderar a chapa não agradou
ao político identificado com o partido.
Da
senhora Marina Silva eu quero distância. Eu não participo de campanha de Marina
Silva. Ela não é do PSB
”, disse.
Ainda
na quarta-feira, havia sido anunciado que Siqueira permaneceria na função, mas
que teria ao seu lado o deputado licenciado Walter Feldman (SP),
também porta-voz do partido. Bazileu Margarido, homem de confiança de
Marina, que era adjunto de Siqueira durante a campanha de Eduardo Campos, foi
transferido para o comitê financeiro da campanha. Bazileu vai dividir a tarefa
com Dalvino Franca.

Presidente da Fundação João Mangabeira, do PSB, Siqueira disse que continuará
no partido. Ele afirmou que se rende à decisão da maioria, responsável por
garantir o apoio à candidatura de Marina, porque é disciplinado. O
secretário-geral do partido prefere não dar detalhes sobre essa decisão, porque
seriam “detalhes desagradáveis”.
Nesta
manhã, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, se reuniu com dirigentes
de partidos que compõem a coligação. Amaral ainda não comentou a saída de
Siqueira.
O
novo coordenador de campanha indicado pela candidata Marina Silva, Walter
Feldman, disse que ainda espera pela participação
de Carlos Siqueira na campanha presidencial. Em mensagem de texto, ele afirmou:
Temos esperança”.
Pouco
antes, Feldman havia dito que todos, inclusive ele, Marina e o grupo da Rede
Sustentabilidade, esperavam que o secretário-geral do PSB voltasse ao posto de
coordenação.
Sobre
possíveis atritos entre Rede e PSB, além dos demais partidos da coligação PPS,
PPL, PRP, PHS e PSL, Feldman disse que houve conflitos naturais, dada a
situação extraordinária de recomposição da chapa após a morte trágica de
Eduardo Campos.
 
 

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