As incoerências e o falso moralismo de Dino

O
candidato da coligação Todos pelo Maranhão e chefão do comunismo, Flávio Dino,
sofre de um profundo processo de amnésia. Ele esbravejou, durante debate em uma
televisão de São Luís, que é filiado a um partido legalizado, mas esqueceu de
dizer que quem tirou da ilegalidade o PC do B, em 1985, foi o então presidente
José Sarney (PMDB), que ainda tirou da clandestinidade a União Nacional dos
Estudantes (UNE), além de devolver a sua sede iniciando a redemocratização do
Brasil.

Mas
o seu ódio e rancor não permitem o reconhecimento de atos ou ações boas, como
fez o presidente nacional do seu partido, Renato Rebelo, como consta na matéria
“Congresso Nacional homenageia os 90 anos do PCdoB”, publicado no Portal
Vermelho http://www.vermelho.org.br/noticia/179162-1. Rabelo
agradece ao presidente José Sarney, destacando a simbologia do ato de
legalização do PCdoB, importante para a transição democrática, além de ter
narrado que Sarney recebeu no Palácio do Planalto a bancada, na época com onze
deputados comunistas, e o líder partidário, João Amazonas.

Ainda
na matéria, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B), “também discursou,
destacando o papel de Sarney na redemocratização do país e a contribuição para
a legalidade do PCdoB e todas as instituições e entidades que integram a cena
democrática do país”.

Com
empáfia e má fé, Dino ainda usou o enfadonho discurso de 50 anos de oligarquia
Sarney, mas não relata que entre os seus aliados estão, por exemplo, o
ex-governador José Reinaldo Tavares, seu mentor intelectual, algemado e preso
pela Polícia Federal durante a Operação “Navalha”, suspeito de
participação em licitações irregulares no caso das “Estradas
fantasmas” durante o seu governo.

Como
não pode esconder a sua aliança com a “escória da oligarquia”, como bem definiu
o candidato ao governo estadual, o médico José Luís Lago (PPL), Dino partiu
para agressão e vociferou que “Tavares foi fundamental para eleição de Jackson
Lago (PDT) governador”. Na réplica, Zé Luis Lago rememorou o esquecido Flávio
Dino que ele espalhou, na época, “por todo o Maranhão que Jackson Lago era
ficha suja e não podia concorrer ao cargo governador e ainda tentou impedir a
minha candidatura de todas as formas”. Essas atitudes são frutos de pessoas que
fogem ao debate e tem medo do confronto de ideias e do debate, de forma democrática.
   

É
bom lembrar e também reavivar a memória do comunista que o seu partido, o PC do
B, apoiou e integrou o Governo Roseana Sarney ocupando cargos e órgãos
importantes como o Instituto de Terras do Maranhão (Iterma).  

Ainda
no debate, com ar de “Professor de Deus”, Dino quis decretar, em nome próprio,
ser o maior “defensor da moral e dos bons costumes”, mas é cercado, por todos
os lados, de “figuras” enroladas com a Justiça.

O
deputado federal Weverton Rocha (PDT) responde a sete ações por improbidade
administrativa no Maranhão. Seis na Justiça Estadual e uma na Justiça Federal.
Ele foi apontado em reportagem da revista Veja como um dos assessores do
ministro Carlos Lupi responsáveis por cobrar propina para liberação de
convênios com suspeitas de irregularidades.

O
deputado estadual Othelino Neto (PC do B) foi condenado pela Justiça Estadual
por improbidade administrativa ambiental, concessão de licença sem cumprimento
de formalidades legais e omissão do dever de fiscalização.
O
deputado estadual Bira do Pindaré foi condenado pelo Tribunal de Contas da União
(TCU) por atos de irregularidade administrativa e desvio de dinheiro público
quando chefiou a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) no Maranhão, no período
de março a dezembro de 2003.

Essa
é a face de Dino: do discurso fácil, da “ilusão” da mudança. Os resultados são
vistos por todos. Em São Luís, Caxias, Timon, Balsas, Imperatriz e Santa Inês,
onde ele venceu as eleições a população amarga a luz da escuridão e das trevas
e convive com os “fantasmas” da desilusão, do desleixo e da falta de
compromisso com a população.

Exemplo,
cristalino, dessa “fantasia horripilante” da mudança apregoada por Dino é a
atitude do seu pupilo, o secretário de Educação de São Luís, Geraldo Castro,
que desrespeita os professores, que se sentiram obrigados a se algemarem na
Prefeitura da Capital em um ato de desespero em busca, pelo menos, a abertura
de “diálogos” por salários mais justos e dignos e por uma educação de melhor
qualidade. 

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