Agredida pelo Jornal Nacional, Dilma se defende

Foi inacreditável a
ação eleitoral do Jornal Nacional contra a presidente Dilma Rousseff; William
Bonner fez perguntas quilométricas; Patrícia Poeta chegou a fazer cara de nojo
e a colocar o dedo em riste diante de Dilma em razão do “nada” que
teria sido feito na área da saúde em 12 anos, ditos com ênfase pela
apresentadora; Dilma mal teve a oportunidade de responder perguntas que eram
acusações, como sua suposta incapacidade de se cercar de pessoas honestas e os
números da economia.
 

Brasil 247
– Com posturas até então desconhecidas do grande público, os apresentadores
William Bonner e Patrícia Poeta deixaram a elegância de lado e partiram para o
ataque sobre a presidente Dilma Rousseff, na entrevista ao Jornal Nacional concedida
no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Bonner
parecia o mais irritado, mas Patrícia não quis ficar atrás. 

Após
Aécio Neves e Eduardo Campos, nesta segunda-feira 18 foi a vez da presidente
Dilma Rousseff dar entrevista ao Jornal Nacional, principal informativo da Rede
Globo. Ao contrário do tom respeitoso das perguntas feitas nas entrevistas
anteriores, desta vez elas foram longa e em tom desafiador:


Qual a dificuldade de formar uma equipe de governo com gente honesta?,
perguntou Bonner.


Fomos o governo que mais estruturou o combate à corrupção e aos mal feitos,
respondeu Dilma. “Nenhum procurador geral da República foi chamado no meu
governo de engavetador geral da República”, acrescentou.

William
Bonner insistiu no tema da corrupção, usando ênfase sobre Dilma:


Um grupo de elite do seu partido foi condenado por corrupção, são corruptos,
mas o seu partido protegeu essas pessoas. O que a Sra. acha da postura do PT?,
disse ele.

Dilma
não respondeu diretamente, optando por lembrar sua posição institucional:


Enquanto eu for presidente da República, não externarei opinião pessoal sobre
decisões do Supremo Tribunal Federal. Eu tenho a minha opinião, mas não vou
externá-la.

Patrícia
perguntou sobre saúde, mas Dilma afirmou que seu governo leva assistência de
saúde a 50 milhões de pessoas.

Bonner
atacou de novo:

– A
srª. considera justo culpar ora a crise econômica internacional, ora os
pessimistas pelo baixíssimo crescimento da economia brasileira, com inflação
alta?

– A
inflação cai desde abril e, agora, atinge zero por cento. Por outro lado, todos
os lados antecedentes ao segundo semestre mostram que haverá crescimento frente
ao primeiro semestre.

Bonner
não pareceu satisfeito com a resposta, mas em razão do tamanho das perguntas,
especialmente, viu que o tempo de 15 minutos estava estourando:


Eu vou garantir um minuto para a sra. encerrar.

 

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