Imparcial
pela facção criminosa intitulada “Bonde dos 40” que tem aterrorizado a vida da
população de São Luís nos últimos meses. Agora a disputa pelo controle do
tráfico de drogas na cidade chegou ao “mundo online” com o surgimento de uma
página do bando no Facebook. O perfil foi criado no dia 25 de setembro e até
ontem havia sido curtido por mais de dois mil usuários. Nele várias postagens
de fotos de armas com legendas de ameaças ao grupo rival.
De acordo com a Superintendente de Polícia Civil da Capital, Katherine Chaves,
a Secretaria de Segurança Pública está consciente da existência do perfil nas
redes sociais e agirá com todo o rigor necessário para identificar e punir os
idealizadores da página. Um processo será instaurado e encaminhado para a
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), onde existe um
departamento especializado em crimes virtuais e tecnológicos.
Existe a possibilidade do perfil ser um fake (falso), mas independente disso
Katherine garantiu punição aos responsáveis. “É uma atitude criminosa que o
objetivo único de promover bandidos. Não vamos dar muito ibope para isso, mas
vamos investigar e chegar a autoria dos autores. Sendo falso ou verdadeiro vamos
chegar a autoria e vamos puni-los, pois vamos fazer isso através do IP”
destacou a superintendente.
criminosa, foi realizada no dia 5 de outubro. Na ocasião os administradores do
perfil postaram uma foto com o “suposto” símbolo da facção e colocaram como
legenda a seguinte afirmação: “e noix vamos tomar ó bagulho manda buscar”. A
postagem teve 37 curtidas e diversos comentários de usuários sobre o ataque à
outra facção do qual eles são rivais.
Para o advogado Caldas Goes Júnior, especialista em direito virtual, só fato
dela (página no Facebook) existir configura apologia ao crime, independente de
sua veracidade. “Apologia não é especifico da internet, mas todos os envolvidos
na criação desta página podem ser responsabilizados por este crime”,
garantiu.
professor de direito das universidades Uniceuma e Faculdade Pitágoras, se
constatada autoria de quem criou a página exaltando o crime e incitando a violência
cometem, além de apologia, o crime contra a paz pública. “O crime de apologia é
punível de três a seis meses, mas pode ter o agravante se além da apologia está
sendo feita a incitação ao crime. Neste caso o individuo pode ser
responsabilizado por qualquer atitude correspondente ao chamado feito pelo
idealizador” analisou.
Pedrinhas esta semana num confronto com os adversários do PCM, relata em um
novo funk que começou a ser repassado em grupos de Whatsapp esta semana, os
principais barros onde comanda o tráfico de drogas em São Luís.
A música, cantada novamente pelo MC Segal, cita Maiobão, São Francisco, Aldeia,
Anjo da Guarda, Liberdade e Divineia como áreas dominadas pela organização
criminosa. No caso do Bairro de Fátima, o funkeiro se refere aos representantes
da facção como “os menor do BF”, provavelmente pelo fato de os criminosos terem
menos de 18 anos.